Segundo pesquisadora, ambiente gigantesco, desmatamentos e paisagens fragmentadas impedem automanutenção da floresta
O programa Ambiente É o Meio desta semana conversa com a bióloga e pesquisadora Rita Mesquita, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), sobre a redução da biodiversidade em paisagens fragmentadas pelo desmatamento da floresta amazônica.
Segundo Rita, uma das medidas para conter a perda de biodiversidade da floresta é a criação de unidades de conservação. Diz que estas são responsáveis não apenas pela manutenção da variedade biológica da Amazônia, mas também pelo “modo de vida das nossas populações tradicionais”.
Para a bióloga, “o desafio é guardar uma amostra de toda essa riqueza em áreas protegidas de diferentes categorias”, pois existe no imaginário popular a ideia de que a floresta é um ambiente homogêneo e imutável, dificultando a concessão de espaços destinados à conservação.
Conta que a Amazônia é um território composto de “mosaicos de unidades ecológicas onde se desenvolveu biodiversidade própria” e que, com a fragmentação causada pela intensa onda de desmatamentos, a capacidade de auto-manutenção da floresta tem sido afetada. “O desafio da conservação nesse ambiente é gigantesco e nós estamos muito aquém do necessário”, afirma.
Áudio disponível em: Unidades de conservação podem ajudar no desafio de preservação da Amazônia – Jornal da USP
Ouça no player acima o programa Ambiente É o Meio.
PUBLICADO EM: JORNAL DA USP – RÁDIO USP