Brasília (DF), 04/09/2020 – Durante fiscalizações no contexto da Operação Verde Brasil 2, nessa quinta-feira (3), foram apreendidos 578 metros cúbicos de madeira ilegal. A Polícia Federal, em conjunto com as Forças Armadas, com a Capitania dos Portos e com o Ibama, finalizou a apreensão de 18 metros cúbicos de madeira transportada sem licença ambiental válida, no município de Limoeiro do Ajuru, no Pará. Já durante fiscalização do Ibama, 560 metros cúbicos de madeira foram apreendidos no município de Mundo Novo, Mato Grosso.
No Pará, a madeira de origem ilegal foi encontrada em embarcações de médio e pequeno portes. Os responsáveis por esse transporte foram conduzidos à Superintendência Regional de Polícia Federal, em Belém, onde foi lavrado termo circunstanciado de ocorrência. Eles responderão pela prática de crime ambiental, além de procedimento administrativo decorrente da autuação do Ibama, com aplicação de multa, perda do produto florestal apreendido e restrição das embarcações. A madeira apreendida será doada.
A Polícia Federal intensifica fiscalizações nos rios da Amazônia, bem como nos portos da região, por meio do seu Grupo Especial de Polícia Marítima, o que resultou em apreensões de madeira, minério e produtos contrabandeados, mesmo durante a pandemia.
Ainda no contexto da Operação Verde Brasil, na terça-feira (01) foram apreendidas aeronaves e materiais utilizados no garimpo ilegal, em Roraima. A ação realizada pelo Exército, por meio da Primeira Brigada de Infantaria de Selva, ocorreu em coordenação com agentes do ICMBio, com a Companhia Independente de Policiamento e com a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Os agentes fiscalizaram a área nas proximidades da Estação Ecológica do Caracaraí, da Terra Indígena Yanomami e da Estação Ecológica do Niquiá, no município de Caracaraí, região sul do Estado de Roraima.
Nessa ação, foram apreendidos quatro aviões em condições de voo, três carcaças de avião, um avião de pequeno porte em construção e, ainda, grande quantidade de peças para aviões. No local, havia hangar improvisado com capacidade para cinco aeronaves, oficina, pista com aproximadamente 200 metros de extensão e local de aterragem improvisado para helicópteros.
Resultados
Desde a deflagração da Operação Verde Brasil 2, em 11 de maio, militares e agentes de órgãos parceiros realizaram 28,9 mil inspeções navais e terrestres, vistorias e revistas em embarcações, das quais 786 foram apreendidas. Nos postos de bloqueio e controle de estradas, foram retidos 221 veículos por irregularidades. Volume superior a 29,4 mil metros cúbicos de madeira ilegal também foi confiscado, bem como apreendidas 806 máquinas de serraria móvel, tratores, maquinário de mineração, balsas, dragas e acessórios. Até o momento, mais de R$ 626,1 milhões foram aplicados em multas e termos de infração.
Operação Verde Brasil 2
A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pelo Ministério da Defesa. Está no escopo do Conselho Nacional da Amazônia (CNA), conselho regulado pela Vice-Presidência da República, em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública. A missão deflagrada pelo Governo Federal, em 11 de maio de 2020, visa ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal. A determinação presidencial para emprego das Forças Armadas em Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi publicada no Diário Oficial da União, por meio do Decreto n° 10.341, de 6 de maio de 2020. Em 9 de julho, a GLO foi renovada até 6 de novembro, por meio do decreto presidencial 10.421.
Para cumprir a determinação presidencial, o Ministério da Defesa ativou três Comandos Conjuntos. São eles: Comando Conjunto Norte (CCjN), Comando Conjunto Amazônia (CCjA) e Comando Conjunto Oeste (CCjO). O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), da FAB, dá suporte às ações aéreas, em caráter permanente. Assim como na Operação Verde Brasil ocorrida em 2019, o Centro de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa coordena as atividades a partir da capital federal. Ainda participam da missão integrantes da Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Por: Tenente Flávia, com informações da Comunicação Social do Comando Conjunto Norte
Fotos: Divulgação Forças Armadas
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Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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