Brasília (DF), 05/09/2020 – Uma das maiores reservas naturais do planeta e o maior bioma do Brasil, a Amazônia é homenageada neste 5 de setembro. A região abriga a maior floresta tropical, a maior bacia hidrográfica do mundo e imensa biodiversidade.

A Amazônia brasileira estende-se por 5,5 milhões de metros quadrados e a vegetação que a caracteriza também se espalha pelos países vizinhos: Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Peru e Suriname.

O dia de hoje foi escolhido como marco para a homenagem, por coincidir com a criação da Província do Amazonas, em 1850, por D. Pedro II. Historicamente as Forças Armadas sempre estiveram presentes na região, tanto assegurando a soberania nacional, quanto prestando assistência às populações locais. Marinha, Exército e Aeronáutica têm como principal missão a defesa da Pátria, e a presença na Amazônia está inserida no contexto estratégico de integração nacional, de desenvolvimento da região e da necessidade de efetiva presença do Estado Brasileiro na Amazônia.

Força Naval

A Marinha, por meio dos Navios de Assistência Hospitalar (NAsH), promove o cuidado e a atenção à saúde básica das comunidades ribeirinhas da Amazônia. O foco do trabalho são as comunidades de baixa renda que moram ao longo dos trechos navegáveis dos principais rios da bacia amazônica.

Durante as missões, são disponibilizadas consultas médicas e odontológicas, exames clínicos e laboratoriais e cirurgias de pequeno porte. Os militares profissionais de saúde também ministram palestras educativas e distribuem medicamentos, de acordo com as necessidades.

Atualmente, quatro NAsH são subordinados ao Comando da Flotilha do Amazonas e atuam na área de jurisdição do Comando do 9º Distrito Naval (Com9ºDN), que compreende os estados do Acre, do Amazonas, de Roraima e de Rondônia. São eles: Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Doutor Montenegro e Soares de Meirelles.

A Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC), subordinada ao Com9ºDN, contribui para o desenvolvimento da região, com atividades voltadas para o controle do tráfego aquaviário, o controle das embarcações, a formação do pessoal da Marinha Mercante, bem como o esforço de conscientizar os navegantes quanto à segurança e à prevenção da poluição hídrica.

Outra organização, o Centro Técnico de Formação de Fluviários da Amazônia Ocidental (CTFFAO) da CFAOC, entre suas atividades, oferece cursos de formação de Mestre, Piloto Fluvial e de Condutor Maquinista-Motorista Fluvial. A Marinha ainda contribui com a produção cartográfica na Amazônia Ocidental. Apoiado por três navios, o Centro de Hidrografia e Navegação do Noroeste (CHN-9) coleta dados hidroceanográficos e realiza atividades inerentes à manutenção dos auxílios à navegação.

Força terrestre

Presente na Amazônia desde o início do século 17, a Força Terrestre é pioneira no desbravamento da região. O Exército colabora com as populações de áreas longínquas, ao proporcionar um mínimo de infraestrutura e fornecer serviços básicos. A instalação de diversas unidades na fronteira garante a presença brasileira e a soberania nacional.

A região é coberta por dois Comandos, o Militar da Amazônia (CMA), com sede em Manaus, e o Militar do Norte (CMN), com sede em Belém. O primeiro, criado em 1956, tem sede em Manaus. É o comando de área que compreende os estados do Acre, do Amazonas, de Rondônia e de Roraima. Em 2013, foi criado o Comando Militar do Norte, que recebeu a responsabilidade de segurança estratégica sobre a banda oriental da Amazônia Legal, acrescida de parte dos estados do Tocantins e do Maranhão.

Esses Comandos cumprem com seu papel social de cooperar na modernização e no progresso das comunidades da sua área de abrangência, não só como componente militar, mas, também, na saúde e na educação. Os militares prestam apoio às populações indígenas e ribeirinhas, principalmente pelo atendimento médico nos hospitais militares. Também são importantes coadjuvantes no Projeto Calha Norte, do Ministério da Defesa.

Força Aérea

A imensidão da floresta amazônica faz com que muitos locais sejam acessíveis, de forma rápida, somente por meio das aeronaves da Força Aérea Brasileira. A presença da Força Aérea Brasileira na região amazônica ocorreu a partir de 1935, por meio do Correio Aéreo Militar.

Em 1941, foi criada a Primeira Zona Aérea, abrangendo os estados do Amazonas, do Pará, do Maranhão, do Territórios de Guaporé, Acre, Rio Branco e Amapá. Uma das aeronaves mais lembradas da região é o PBY – Catalina, conhecida pelas diversas missões de busca e resgate realizadas no início da atuação da FAB no Norte do país, pousando em terra ou na água.

Construir pistas onde não há qualquer ligação com outras regiões do país, essa é a missão da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), criada em 1956, com a missão de implantar a malha aeroviária da região. A Força Aérea também transporta materiais para regiões sem estradas. Em 1983, a região foi dividida em dois Comandos Aéreos Regionais, com a criação do VII COMAR. O I COMAR, que até o momento era a sede da Primeira Zona Aérea, passou a compreender os estados do Pará, do Maranhão e do Amapá, o lado oriental da Amazônia Brasileira. Após a reestruturação na Força Aérea, o VII COMAR passou a se chamar ALA 8 e o I COMAR, ALA 9.

O controle do tráfego aéreo e a redução dos fatores de risco de incidentes com aeronaves são os desafios do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Belém (DTCEA-BE) e do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA I). O progresso, ao longo dos anos da atuação da Força Aérea Brasileira na região Norte, permitiu que hoje o DTCEA-BE gerencie uma extensa malha aeroviária que percorre toda a região.

Com informações das Forças Armadas
Fotos: divulgação Forças Armadas.

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