Mesmo após uma série de pressões de investidores nacionais e internacionais por ações para a preservação da Amazônia, o mês de julho fechou com uma alta de 28% no total de focos de incêndio na floresta, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados neste sábado (1.º) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
É o pior dado desde 2017. Por outro lado, no acumulado do ano, entre janeiro e julho, o total de queimadas neste bioma teve queda de 7,6%.
A floresta amazônica teve 6.803 focos de de incêndio, contra 5.318 focos registrados em julho de 2019. O recorde para o mês, de 2017, foi de 7.986 queimadas detectada pelo instituto.
O mês anterior já havia sido o pior junho dos últimos 13 anos, de acordo com os números do Inpe.
Só os dias 30 e 31 de julho foram responsáveis por cerca de 1.500 focos, o que contribuiu para a alta do mês. Para a geógrafa Ane Alencar, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a redução das queimadas no acumulado do ano está mais relacionada a uma conjunto de queimadas atípicas registradas em Roraima no ano passado do que uma redução no comportamento dos incêndios deste ano.
Bruno Ribeiro
PUBLICADO EM: MSN NOTÍCIAS ESTADÃO
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