A segunda live do Museu Goeldi em comemoração aos 125 anos do seu zoobotânico aborda as singularidades históricas deste parque no centro da cidade de Belém. A programação gratuita será realizada nesta quarta-feira (19), às 15h, pelo canal oficial da instituição no YouTube, e será analisada do ponto de vista da história, arquitetura e urbanismo e da cultura.
Agência Museu Goeldi – O centenário conjunto arquitetônico e paisagístico do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1993. A partir de então, passou a portar um valioso instrumento que lhe reconhece como bem cultural do país e lhe amplia oportunidades para sua proteção. Mas, onze anos antes da titulação em âmbito federal, este aconchegante logradouro verde na zona urbana de Belém já havia recebido reconhecimento semelhante na esfera estadual, um procedimento de responsabilidade da Secretaria de Cultura do Governo do Pará (Secult). A patrimonialização do espaço mereceu olhares da ciência, afinal, mais do que um mecanismo cuidadoso, o tombamento pode ser uma das garantias de acesso de futuras gerações a um bem material ou imaterial que tanto diz sobre a história de uma sociedade. O assunto ganha destaque no bate-papo on-line promovido pelo Museu Goeldi nesta quarta-feira (19), às 15h, pelo seu canal oficial no YouTube.
Os participantes da conversa com os internautas são o historiador Professor Dr. Nelson Sanjad, pesquisador do Museu Goeldi; a arquiteta e urbanista Mestra Karina Moriya, diretora do Departamento Histórico, Artístico e Cultural da Secult – PA; e o também arquiteto e urbanista Mestre Fernando Mesquita, servidor do Iphan. Na mediação, estará o antropólogo Mestre Cyro Lins, da Coordenadoria de Comunicação e Extensão do Museu Goeldi e ex-superintendente regional do Iphan no Pará.
A programação faz parte das celebrações pelos 125 anos de fundação do Parque Zoobotânico, transcorridos no último dia 15, e que tiveram início na última sexta-feira (14), com o lançamento da série de lives “O essencial do Museu Goeldi”. Na ocasião, os internautas desfrutaram de imagens privilegiadas, retratando atividades que se mantém rotineiramente junto aos animais do plantel durante este período em que o Parque está fechado à visitação, em respeito às exigências sanitárias impostas pela pandemia do novo coronavírus.
Riquezas – Por ocasião da palestra que ministrou sobre educação patrimonial, no minicurso oferecido pelo Museu Goeldi, Cyro Lins ressaltou a diversidade de riquezas que o Parque Zoobotânico comporta. “É um belo exemplar de jardim histórico, associando elementos da natureza com construções históricas de diferentes estilos, como o barroco e o neoclássico”, descreve. São mais de 1.700 animais de 100 espécies, pelo menos 2 mil plantas de 500 espécies e ainda 14 monumentos e edificações dos séculos XIX e XX.
Este conjunto arquitetônico e paisagístico narra percursos históricos de ocupação e de desenvolvimento científico e econômico do Pará e da Amazônia. Não raras vezes há contextos tensos, como identificou o bolsista de iniciação científica do Museu Goeldi, Diego Guimarães Leal, em seu projeto “Expropriação, litígio e ressignificação espacial na gênese do Parque Zoobotânico do Museu Paraense de História Natural e Etnografia (1895-1941)”, orientado pelo historiador Nelson Sanjad, em 2019. E assim ganha cada vez mais espaço na memória individual e coletiva da população.
Texto: Erika Morhy
Serviço | Live “Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi: Patrimônio Cultural do Brasil”
Data – 19 de agosto, às 15h
Participantes – Nelson Sanjad (historiador/MPEG); Karina Moriya (arquiteta e urbanista/ DPHAC/SECULT) e Fernando Mesquita (arquiteto e urbanista/IPHAN)
Mediador – Cyro Lins (antropólogo/MPEG)
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