Pesquisadores constatam que, com direitos de propriedade garantidos, indígenas são eficazes na preservação da floresta, sendo a taxa de desmatamento em suas terras dois terços menor que em outras áreas da região

Garantir a posse da terra às comunidades indígenas da Amazônia pode ser vital para conter o desmatamento na maior floresta tropical do mundo, constataram pesquisadores americanos. Um estudo publicado nesta segunda-feira (10/08) sugere que territórios sobre os quais comunidades indígenas obtiveram plenos direitos de propriedade apresentam taxas bem menores de desmatamento.

O trabalho foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Ele corrobora pesquisas anteriores publicadas em 2019 sobre a Amazônia da Colômbia e em 2017 sobre a Amazônia do Peru, que mostraram que a concessão de títulos de propriedade às comunidades indígenas ajudou na preservação florestal.

Os pesquisadores combinaram informações sobre títulos de propriedade para terras indígenas demarcadas, concedidos pelo governo nas últimas três décadas, com imagens de satélite da floresta e da sua cobertura vegetal que mostram o impacto nas taxas de desmatamento de 1982 a 2016.

Os pesquisadores combinaram informações sobre títulos de propriedade para terras indígenas demarcadas, concedidos pelo governo nas últimas três décadas, com imagens de satélite da floresta e da sua cobertura vegetal que mostram o impacto nas taxas de desmatamento de 1982 a 2016.

Coautora do estudo, Kathryn Baragwanath, doutoranda da Universidade da Califórnia, disse que territórios com plenos direitos de propriedade apresentaram uma taxa 66% menor de desmatamento anual em comparação com terras fora de suas fronteiras.

Leia na íntegra: Deutsche Welle Brasil

PUBLICADO EM: JORNAL DA CIÊNCIA