Associação Yanomami estima que 25 mil garimpeiros ilegais atuem na região, que tem 9,7 milhões de hectares e abriga 27 mil pessoas
A Justiça deu 15 dias para governo Bolsonaro retirar garimpeiros ilegais de território Yanomami, no Amazonas e em Roraima. A medida é resposta a pedido do Ministério Público Federal (MPF), e tenta proteger os indígenas da epidemia do novo coronavírus e conter danos socioambientais na região.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a apresentação de um plano de retirada em cinco dias, para que seja então executado em até dez dias. Os ministérios responsáveis pelo cumprimento da decisão são os da Defesa, da Justiça e do Meio Ambiente.
A associação Yanomami estima que cerca de 25 mil garimpeiros ilegais atuem na TI Yanomami, a maior do país. Na sexta-feira (3), a deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR) e a liderança Dário Kopenawa se reuniram com o vice-presidente Hamilton Mourão para solicitar urgência na atuação do governo. Conforme informou Kopenawa em seu perfil no Twitter, Mourão informou que há 3,5 mil garimpeiros ilegais na região.
As ações contra o garimpo em território Yanomami têm sido feitas pelo Exército, responsável pela Operação Verde Brasil 2. A TI Yanomami tem 9,7 milhões de hectares e abriga população de 27 mil pessoas. A região está localizada na fronteira com a Venezuela. De acordo com o Ministério da Saúde, há 160 casos confirmados do novo coronavírus entre aquele povo. Até sexta-feira, foram registrados 4 óbitos.
Redação
PUBLICADO EM; BAHIA.BA
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