O governo brasileiro se reuniu, nesta quinta-feira, com investidores internacionais sobre a política ambiental do país.

O encontro virtual foi uma demanda do grupo, que representa fundos internacionais de investimentos. No final de junho, eles encaminharam uma carta a embaixadas brasileiras na Europa, Estados Unidos e Japão preocupados com o aumento do desmatamento na Amazônia.

Os diretores dos fundos internacionais não se comprometeram com o envio de recursos.

Segundo o vice-presidente Hamiltom Mourão, se já neste segundo semestre, o governo brasileiro apresentar redução nas queimadas, as negociações podem ser reabertas.

Em coletiva após a reunião, Mourão, que também preside o Conselho da Amazônia, falou sobre a demanda dos investidores e os compromissos assumidos pelo governo brasileiro.

De janeiro a junho deste ano, quase 3 mil quilômetros quadrados foram desmatados na Amazônia, segundo dados do Terrabrasilis – sistema de monitoramento utilizado pelo governo federal. A mesma plataforma indica que, em 2019, o desmatamento cresceu 34% em relação ao ano anterior, e foi o maior em 10 anos.

Na avaliação do vice-presidente, a situação deve piorar no segundo semestre por causa dos incêndios, principalmente no norte de Mato Grosso e no sul do Pará. A queimada é utilizada na agricultura para limpar área para o plantio.

Para reduzir os danos dessa prática, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o governo federal vai proibir o uso do fogo por 120 dias.

Em 2019, a proibição das queimadas controladas durou 60 dias.

Renata Martins – RADIOAGÊNCIA NACIONAL – EBC