No município de Guajará Mirim (RO), o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Porto Velho estruturou uma Casa de Saúde Indígena (CASAI) para receber exclusivamente pacientes com COVID-19 que necessitam de isolamento. O local tem uma Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena (EMSI) disponível durante 24 horas para acompanhamento dos sintomas.

O DSEI Porto Velho atende uma população de aproximadamente 13 mil indígenas. A Equipe de Resposta Rápida (ERR) está percorrendo as aldeias em busca de pessoas com sintomas gripais similares aos da COVID-19. Os casos leves estão sendo isolados nas próprias aldeias em alojamentos instalados em escolas e centros culturais. Os casos moderados são encaminhados para a CASAI onde ficam em observação. Em caso de emergência, a EMSI deve remover o paciente para a rede de média ou alta complexidade do hospital municipal ou estadual.

O cuidado com a saúde mental dos pacientes indígenas com COVID-19 também é uma preocupação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde. As orientações técnicas sobre saúde mental foram repassadas pela SESAI aos 34 Distritos. A atuação dos psicólogos é importante neste momento de pandemia para evitar a depressão que o isolamento pode causar. “Esse atendimento é feito presencialmente com psicólogo nas CASAIS e remotamente nas aldeias que possuem internet. Essa ação visa melhorar a qualidade de vida e dar o apoio necessário aos pacientes”, explica o coordenador do DSEI Porto Velho, Luiz Tagliani.

O Distrito também está dando apoio à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) na higienização e entrega de cestas de alimentos às aldeias. O objetivo da FUNAI é fornecer alimentação básica neste período de pandemia para que os indígenas evitem sair de suas comunidades para buscar alimentos nas cidades.

A parceria entre Município, Estado e União é importante para várias ações de saúde. O DSEI Porto Velho disponibilizou uma ambulancha – embarcação fluvial – para transporte de emergência de indígenas e não indígenas das comunidades ribeirinhas. A parceria também vai levar o combate à malária, cuja doença é endêmica na região amazônica. Junto com as secretarias municipal e estadual de Saúde serão feitas visitas às aldeias para fazer borrifação contra o mosquito transmissor da doença, exames rápidos e tratamento médico.

NUCOM/SESAI