Boa Vista (RR), 20/06/2020 – Neste sábado, 20 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Refugiado. A data, celebrada oficialmente desde 2001, lembra aqueles que, por perseguições políticas, étnicas, raciais ou para fugirem de regiões em conflito, são obrigados a deixar seus países de origem.
No Brasil, a Operação Acolhida recepciona refugiados e migrantes venezuelanos que cruzam a fronteira pelo Estado de Roraima. Trata-se da Força-Tarefa Logística Humanitária, executada e coordenada pelo Governo Federal, com apoio das Forças Armadas, de agências da Organização das Nações Unidas e de mais de 100 entidades da sociedade civil.
E, em momento de pandemia, a solidariedade faz a diferença. Refugiados uniram-se para retribuir com trabalho. Beneficiários da Operação Acolhida juntaram-se a costureiras e costureiros brasileiros para produzir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), itens essenciais para enfrentar o vírus.
Um exemplo relativamente simples, mas que comprova que a comunhão dos povos pode contribuir para um mundo mais fraterno.
Além de receberem assistência básica, como moradia e alimentação, os estrangeiros iniciam a fase de interiorização para outros estados do país, sendo, assim, inseridos na sociedade local, preenchendo postos de trabalho e fixando residência com seus familiares. Mesmo em meio às dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus, esse processo não foi interrompido.
Operação Acolhida
Para garantir o atendimento humanitário aos refugiados e migrantes venezuelanos em Roraima, principal porta de entrada da Venezuela para o Brasil, o governo federal criou, em 2018, a Operação Acolhida.
A Operação oferece assistência emergencial. Desde o início da crise migratória, estima-se que mais de 264 mil venezuelanos entraram e permaneceram no Brasil. A iniciativa é baseada em três pilares: acolhimento, abrigamento e interiorização. Cada um deles ajuda na acolhida desses refugiados e migrantes venezuelanos.
O ordenamento da fronteira inclui fornecimento de documentação, vacinação e operação controle, com apoio das Forças Armadas. O acolhimento é feito com a oferta de abrigo, alimentação e atenção à saúde. Por fim, a interiorização, com o deslocamento voluntário de venezuelanos de Roraima para outras Unidades da Federação, com objetivo de inclusão socioeconômica.
Desde o início da estratégia de interiorização até 15 de junho deste ano, 35.567 pessoas foram encaminhadas para mais de 376 cidades brasileiras em 24 Unidades da Federação. Esse número soma os esforços realizados pelo Governo Federal, Forças Armadas, Agências das Nações Unidas e organizações da sociedade civil.
O programa humanitário Operação Acolhida é considerado, na comunidade internacional, exemplar e de sucesso. A atuação do poder público, sistêmica e integral, buscou assegurar a dignidade da população venezuelana vulnerável afetada, garantindo especial atenção aos indígenas das etnias Warao e Eñepá.
Com informações da Operação Acolhida e da Secretaria de Comunicação da Presidência da República
Fotos: divulgação Operação Acolhida
Assessoria de Comunicação Social (Ascom) – MINISTÉRIO DA DEFESA
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