Em coletiva, vice-presidente reconhece erros do governo no combate ao desmatamento em 2019 e afirma que prioridade é tentar reverter imagem negativa do País no exterior após crise das queimadas na Amazônia.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (10/06) que os recursos do Fundo Amazônia, financiado por Noruega e Alemanha e suspenso desde 2019, devem ser liberados em até três meses. A previsão foi feita durante uma coletiva de imprensa para veículos de comunicação estrangeiros.

“Tivemos uma reunião extremamente proveitosa com os dois embaixadores [da Noruega e da Alemanha]. Estamos colocando uma métrica do que vem a ser o combate ao desmatamento para que resultados sejam medidos. Acredito que em mais dois ou três meses os recursos do fundo serão liberados e beneficiarão projetos ligados à preservação e ao desenvolvimento sustentável da região”, disse.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia era destinado à preservação da região e mantido sobretudo com doações de Noruega, que repassou 3,1 bilhões de reais para a iniciativa nos últimos dez anos, e Alemanha, que contribuiu com 200 milhões de reais. A verba era administrada por uma equipe exclusiva dentro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O impasse sobre o fundo começou com quando o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, promoveu mudanças unilaterais na gestão do programa, sem consultar os alemães e os noruegueses. Salles também propôs usar parte dos recursos do fundo para indenizar proprietários que vivem em áreas incluídas em unidades de conservação da Amazônia, o que hoje não é permitido – proposta rejeitada por Oslo e Berlim.

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PUBLICADO EM:     JORNAL DA CIÊNCIA