A crise econômica gerada pela pandemia fez com que o metal atingisse valor recorde. O efeito colateral é sentido na Amazônia.
Com a crise econômica mundial deflagrada pelo coronavírus, mais do que nunca os investidores olham para o ouro como um ativo seguro e estável. Em abril, a cotação da onça troy, medida utilizada na negociação da commodity, equivalente a 31 gramas, atingiu mais de 1.750 dólares. É o maior valor desde o final de 2012. A tendência é que o ouro continue valorizado, em razão dos distúrbios financeiros causados pela pandemia. O Brasil já vem sentindo os efeitos da disparada do preço do ouro — para o bem e para o mal.
Entre janeiro e abril deste ano, as exportações da commodity somaram 597 milhões de reais, 80% do total obtido em 2019. Só em abril as empresas do setor pagaram 353 milhões de reais em impostos ao governo, 66% mais do que no mesmo mês do ano passado. Até agora, o Pará, rico em ouro e outros minérios, é o líder absoluto na corrida pelo metal no país, agravando velhos problemas. “Muitos garimpeiros atuam de forma ilegal na região, desmatando a floresta e poluindo os rios”, diz Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas, que desenvolve estudos econômicos sobre questões ligadas ao meio ambiente.
PUBLICADO EM: EXAME
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