Segundo o boletim divulgado na última sexta-feira, cerca de 33 povos indígenas da Pan-Amazônia já registram casos de Covid-19, 526 pessoas testaram positivo e 113 já morreram vítimas do coronavírus na região.

Índio da etnia Satere-Mawe (ANSA) – VATICAN NEWS

O Brasil é o país da Pan-Amazônia com mais casos confirmados (249), seguido da Colômbia (146) e do Peru (45). O número de vítimas fatais entre os indígenas da região também é maior no Brasil, com 70 mortes, seguido da Colômbia que registra 26 pessoas falecidas por causa da doença.

As Igrejas da Noruega expressaram preocupação pelos povos da Amazônia, cada vez mais vulneráveis diante da disseminação do coronavírus.

Em uma carta enviada à Embaixada brasileira, as Igrejas Católica e Luterana expressaram solidariedade aos brasileiros.

“Consideramos que a disseminação descontrolada da Covid-19 na Amazônia é profundamente preocupante e está causando o colapso dos sistemas de saúde”, lê-se na carta assinada pelo presidente da Igreja Luterana da Noruega, bispo Olav Fykse Tveit, e pelo bispo da Diocese de Oslo, Dom Markus Bernt Eidsvig.

Em 4 de maio, relata o Conselho Ecumênico de Igrejas, a Conferência Episcopal Brasileira, em uma declaração, havia precisado que os testes realizados até o momento não fornecem dados exatos sobre a verdadeira propagação do vírus e que muitas pessoas, com sintomas evidentes da doença, morrem em suas próprias casas sem assistência médica.

Os povos indígenas e outras comunidades amazônicas estão, portanto, em grande risco, assim como as populações urbanas, especialmente nos subúrbios, onde faltam saneamento básico, moradia decente, comida e emprego.

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