O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), ampliará o apoio à população indígena paraense no combate à pandemia de Covid-19, assegurando acesso facilitado ao diagnóstico precoce da doença e leitos de referência nos hospitais de campanha.

Foto: Ascom / Sespa

As ações foram definidas nesta sexta-feira (29) em reunião, por videoconferência, entre o secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame; o secretário especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva; os coordenadores dos quatro Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) e lideranças indígenas que atuam no Pará.

Também participaram da reunião a secretária adjunta da Sespa, Ivete Vaz; a diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde, Sâmia Borges; o diretor de Assistência Farmacêutica, Edney Pereira, assessores e técnicos da Sespa.

A assistência será direcionadas aos indígenas aldeados e não aldeados. Em relação aos que vivem em aldeias, as ações serão semelhantes às que vêm sendo realizadas pela Policlínica Metropolitana, de forma mais simplificada.  “A proposta é instalar uma unidade ambulatorial de triagem dentro da aldeia para ampliar o acesso da população indígenas e o diagnóstico precoce dos casos”, explicou o titular da Sespa.

A Sespa também vai implantar leitos de referência para os indígenas nos hospitais de campanha, em Santarém (dez), Marabá (dez), Breves (dez) e Belém (40). “Em cooperação com a Sesai, vamos caracterizar esses leitos de acordo com as tradições indígenas, instalando redes, por exemplo, tendo um cuidado em relação à questão cultural e forma de abordagem conforme os seus costumes, enfim, procurando dar mais conforto, mais atenção à saúde desses povos que tendem a ser mais vulneráveis num momento de pandemia”, detalhou Alberto Beltrame.

Foto: Marco Santos / Ag.Para

O secretário ressaltou que as ações são resultado de cooperação do governo do Estado com o Ministério da Saúde, que deve trazer bons resultados para a proteção dessa população. Ele garantiu que os ajustes em relação aos hábitos e costumes indígenas serão considerados, desde o atendimento dentro da própria aldeia, passando pela assistência de média complexidade até os cuidados intensivos, quando forem necessários, tudo isso dentro da Central Estadual de Regulação (CER). “Estamos avançando, vamos seguir conversando com a Sesai e com os DSEIs e, sobretudo, com as lideranças indígenas, para que a gente consiga prestar uma atenção melhor”, afirmou o secretário.

Beltrame informou, ainda, que até o momento, foram confirmados 34 casos de Covid-19 entre os povos indígenas, com oito óbitos, mas é possível que haja surtos localizados em algumas aldeias, que precisam ser detectados precocemente, para que os casos sejam registrados e as pessoas recebam assistência.

Além dessas ações relacionadas à assistência à saúde, a Sespa continuará a distribuição de medicamentos, de máscaras de proteção e álcool 70% para ajudar nas medidas preventivas contra a Covid-19 entre os indígenas.

PUBLICADO EM:       AGÊNCIA PARÁ