País vizinho tem 82 casos confirmados e governo reforça pedido para que população faça isolamento social.

Ministra da Saúde da Guiana, Volda Lawrence, informa que práticas de quarentena são medidas para evitar contágios – Divulgação

A Guiana registrou mais uma morte por coronavírus na noite dessa quinta-feira (30), totalizando nove óbitos e 82 casos confirmados da doença. O número de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caiu para dois. Vinte e duas pessoas foram consideradas curadas.

Conforme o Ministério da Saúde, a nova vítima era um homem de 67 anos que estava hospitalizado por diversos dias na UTI do Hospital Público de Georgetown e apresentou complicações de saúde devido a outras doenças, como diabetes.

Essa foi a segunda morte por Covid-19 em uma semana no território guianense. Até ontem, quase 580 pessoas foram testadas e 52 colocadas em isolamento. Outras 18 estão em quarentena hospitalar.

De acordo com a ministra da Saúde, Volda Lawrence, os casos confirmados estão concentrados em áreas mais populosas e continuam sendo registrados em diversas regiões diferentes. “Nós precisamos parar e pensar sobre essa situação. É necessário seguir as orientações ou estraremos em uma situação que não vamos conseguir controlar”, disse.

Os homens representam 53% dos casos confirmados na capital guianense, que é o epicentro da doença no país. Apenas quatro casos foram importados de outros países, como o primeiro diagnóstico positivo e morte, sendo todos os outros transmitidos de forma comunitária.

A Guiana tem o menor número de casos positivos entre os países que fazem fronteira com Roraima. A Venezuela chegou aos 333 diagnósticos até essa quinta-feira (30). O estado roraimense chegou aos 602 casos e mantém a passagem com o território guianense fechado.

RESTRIÇÕES

Para tentar diminuir a propagação do vírus no território, o governo guianense determinou que a extensão das medidas de segurança até o mês de junho. Diante disso, o toque de recolher das 6h às 18h, distanciamento social e restrição de visitas, viagens domésticas e cultos religiosos devem ser reforçados.

 As medidas foram adotadas em março, quando o primeiro caso e morte foram confirmados pelo Ministério da Saúde. À época, uma mulher de 52 anos foi infectada durante uma viagem aos Estados Unidos. Ela morreu após dar entrada na unidade hospitalar. Familiares também foram infectados.

Desde então, a chegada de voos internacionais foram suspensas e as embarcações precisam apresentar documentação antes de atracar no porto. As aulas permanecem suspensas e o comércio de Lethem, na fronteira com o município de Bonfim, continua fechado.

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