A melhoria das condições sanitárias nas aldeias é uma das diretrizes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde. As ações são realizadas por meio dos Distritos Sanitários Especiais Indígena (DSEI) que têm autonomia para atuar dentro dos territórios indígenas.
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No Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Juruá, uma estação de higienização foi desenvolvida para o povo Noke Koi, que mora próximo à rodovia BR 364, em Cruzeiro do Sul (AC). O sistema é simples, usa tambor, água tratada, boia e um pedal para acionamento da torneira sem ter que usar as mãos.

A ideia veio da coordenadora do DSEI Alto Rio Juruá, Iglê Monte da Silva, depois que viu um vídeo na internet sobre um sistema similar usado na África. “Pedi para os engenheiros produzirem e estamos instalando, nas aldeias, um sistema econômico com acionamento automático e vala para escoamento da água. Os agentes indígenas de saúde e de saneamento explicam no idioma deles sobre o funcionamento”, conta.

Ela percebeu que mesmo usando máscaras, a etnia vai muito à cidade, então, seria importante que as pessoas lavassem as mãos e os pés quando retornassem para evitar a disseminação de doenças. A etnia Noke Koi tem uma população de aproximadamente 700 pessoas em nove aldeias. O sistema está funcionando em três comunidades e está sendo construído conforme a necessidade de cada aldeia.

No momento não há nenhum caso registrado de COVID-19 no Distrito. O DSEI está realizando a campanha de vacinação contra a influenza nas 162 comunidades, que tem população de mais 18 mil indígenas dividida em quatorze etnias. A campanha foi antecipada pelo Governo Federal para reduzir os sintomas parecidos com a da COVID-19 e evitar a remoção de pacientes aldeados para as cidades.

PUBLICADO EM:     MINISTÉRIO DA SAÚDE

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