Um surto de mineração ilegal de ouro no Pará está causando um aumento dramático na poluição da água dos rios e no desmatamento, à medida que os garimpeiros limpam faixas de floresta ao longo das margens para dar lugar aos garimpos.

Mina na Terra Indígena Kayapó. Foto: Ibama. – MONGABAY

As lavras invadiram a Terra Indígena Kayapó, vasta região que abriga vários povos, entre eles alguns que vivem em isolamento voluntário do mundo exterior.

O desmatamento mais que dobrou na reserva indígena desde o ano 2000, e o garimpo de ouro é apontado como principal fator. A Funai já identificou quase 3 mil pessoas contaminadas por resíduos de mineração na área.

Povos indígenas que vivem no território dos Kayapó têm lutado para expulsar os invasores nos últimos anos. Outros toleram a mineração ilegal em troca de uma parte nos lucros da atividade, que, segundo eles, traz fundos necessários para suas comunidades.

A retórica de Jair Bolsonaro encoraja os garimpeiros. O presidente sempre criticou a proteção de terras na Amazônia como um “obstáculo” à mineração e ao desenvolvimento. Em fevereiro, ele assinou um controverso projeto de lei que permite a mineração em territórios indígenas. O tema será ainda debatido pelo Congresso.

por em 4 Maio 2020 | Translated by Karoline Santos Nascimento 

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