Na noite desta quinta-feira (23), foram apresentadas as principais ações desenvolvidas pela Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR) durante a pandemia de Covid-19. Na reunião, feita em live pelo Facebook, a secretária Sandra Terena e a ministra Damares Alves destacaram a doação de 323 mil cestas básicas para povos indígenas e quilombolas, por meio do Plano de Contingência para Pessoas Vulneráveis.
Assista ao vídeo: MMFDH
Com a iniciativa, até junho deste ano, serão gastos R$ 4,7 bilhões na proteção e cuidados de povos e comunidades tradicionais no período de crise. “Quase 162 mil famílias receberão duas cestas básicas cada. Desde o início, o governo está agindo muito rápido e conseguimos esse investimento em tempo recorde”, afirmou Terena. Saiba mais
Além da doação de alimentos, estão sendo implementados 80 leitos em hospital de campanha em Boa Vista (RR), fornecidos equipamentos de prevenção para profissionais da saúde indígena e distribuídos 6,3 mil testes rápidos de Covid-19 para testar povos indígenas.
Estados e municípios receberão o repasse de R$ 1,5 bilhão para custeio de merenda escolar. A medida alcançará 40 milhões de estudantes. Dentre eles, 274,2 mil indígenas, 269,3 mil quilombolas e quase cinco milhões de estudantes do campo, incluindo todos os demais grupos de povos tradicionais.
Sobre o povo cigano, foram produzidos dois vídeos nos quais Damares e Terena alertavam as lideranças sobre o deslocamento. “A maioria dos ciganos compõem comunidades itinerantes e pedimos para que eles evitassem sair dos locais onde se encontravam nesse período. Também tivemos diálogos para que estados e municípios atuassem como parceiros e fossem tolerantes com a permanência do povo”, explicou a secretária.
Terena pontuou que a secretaria não trabalha somente com ações pontuais, mas também vem desenvolvendo políticas permanentes para os povos ciganos. “É o caso do Plano Nacional dos Ciganos, como forma de garantir os direitos humanos desses povos”, completou.
Discriminação
Para a ministra Damares, é inegável a existência da discriminação, do preconceito e do racismo no Brasil. “Somente quando aceitarmos isso, teremos um país unido na luta contra a discriminação”, disse.
As gestoras falaram sobre situação em que foram vítimas de preconceito e a importância de denunciar. “Antes se falava muito em resistência, mas o conceito que agora trabalhamos é o da reconciliação dos povos. Somos uma pátria só e podemos buscar a igualdade pelo amor”, enfatizou Sandra.
“Tem gente que ainda tem medo de denunciar. Para acabarmos com essa história, precisamos começar a denunciar. O Disque 100 e o Ligue 180 estão disponíveis para todos”, destacou Damares.
Os canais registram denúncias pelo telefone e, agora, pelo site oficial da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos e aplicativo Direitos Humanos Brasil. Este último está disponível gratuitamente na Play Store.
Elas falaram, ainda, sobre campanhas e ações afirmativas de enfrentamento ao preconceito promovidas pela SNPIR, principalmente na educação e no esporte.
Programe-se! Nesta sexta-feira (24), às 21h, é a vez do titular da Secretaria Nacional de Proteção Global, Alexandre Magno, apresentar as iniciativas voltadas para a população em situação de rua, refugiados e outros grupos durante a pandemia. A transmissão é feita pelo Facebook do MMFDH.
PUBLICADO EM: MINISTÉRIO MFDH
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