Árvores de florestas alagáveis na Amazônia funcionam como chaminés de metano. A descoberta recente, da pesquisadora Sunitha Pangala, foi publicada na revista Nature Letters, em 2017.
Agora, um de seus orientandos, o pesquisador brasileiro Rodrigo Souza, estudante da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, quer entender de que forma as liberações do gás metano acontecem na região amazônica.
Pelo período de um ano, Rodrigo vai atuar nas reservas de desenvolvimento sustentável Mamirauá e Amanã, com o apoio do Instituto Mamirauá, coletando amostras de solo, água e gases em três tipos diferentes de florestas alagáveis.
A intenção do trabalho, segundo Rodrigo, é entender a contribuição das florestas e rios amazônicos na manutenção do equilíbrio climático global.
O metano é um dos principais gases que ajudam a manter a temperatura do planeta. De 15% a 20% de todo metano produzido na Terra naturalmente ocorre na Amazônia. Quando produzido de forma excessiva pelas atividades humanas, como a exploração de carvão, petróleo e gás natural e a pecuária intensiva, acentua o processo do efeito estufa.
A pesquisa de Rodrigo também quer explicar o que acontece quando há construções de barragens, por exemplo, que tornam áreas antes alagadas em secas e transforma outras em locais alagados de forma permanente.
Após as coletas, o segundo ano de pesquisa será dedicado a experimentos de incubação de solo e de mudas na Casa de Vegetação do Instituto Mamirauá.
Maíra Heinen
* Produção: Deogracia Pinto e Renato Lima
FONTE: EBC – RADIOAGÊNCIA NACIONAL
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