As fortes chuvas no estado do Acre podem gerar transbordamento de rios. O Rio Acre subiu muito nos últimos dias e está próximo de atingir a cota de inundação na capital do estado, Rio Branco, e nas cidades de Brasileia e Epitaciolândia.

Foto: Agência de Notícias do Acre

A informação é do Serviço Geológico do Brasil – CPRM, que emitiu boletim específico sobre o tema hoje (6), e do Corpo de Bombeiros do estado.

Nos últimos quatro dias, houve grande ocorrência de chuvas no estado. O Rio Acre chegou à cota de alerta hoje na capital. Somente nas últimas 48h, houve acréscimo de 1,5m, chegando no patamar de preocupação. Para o transbordamento, bastam apenas mais 50cm.

No interior, o Rio Acre subiu 5,5m nos últimos dois dias. A elevação pode ter impactos não somente nessas regiões como na capital. “A água de lá acaba descendo e escoando para cá”, observa o porta-voz do Corpo de Bombeiros do estado, Major Cláudio Falcão.

Considerando o histórico, a previsão dos técnicos do órgão é que a cota de inundação pode ser atingida ainda nos próximos dias. No ano passado, o transbordamento ocorreu no dia 18 de janeiro.

“A bacia está com uma situação bem crítica. Nós estamos com seis metros a mais do que no ano passado. Tudo leva a crer, diante do histórico, de que possamos ter transbordamento”, estima o major do CBAC.

O aumento do nível não se resume à bacia do Rio Acre. A cidade de Cruzeiro do Sul, que integra a bacia do Rio Juruá, também passou do nível de alerta e pode, com a manutenção das fortes chuvas,  sofrer com o transbordamento.

De acordo com o major, para além do monitoramento da situação hidrográfica das bacias, os órgãos públicos começaram a adotar medida de mitigação. A Defesa Civil de Rio Branco já iniciou a construção de abrigos. No ano passado, o transbordamento afetou 300 famílias que moravam em áreas de risco.

Já no tocante às pontes, as principais que ligam os distritos primeiro e segundo não devem ser afetadas por inundação. Contudo, o major Falcão explica que há efeitos indiretos. Com a elevação do nível do rio há mais restos vegetais e troncos sendo deslocados, o que pode atingir e danificar as estruturas.

Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil

Edição: Liliane Farias

FONTE: EBC – AGÊNCIA BRASIL