Em busca de alternativas de geração de renda para as terras indígenas Bacurizinho, Arariboia e Cana Brava, no Maranhão, o cacique Raimundo Guajajara, presidente da Cooperativa Kopyhar, esteve na sede da Funai, em Brasília, na última segunda-feira (20).
Em conversa com o presidente substituto, Alcir Amaral, o cacique solicitou apoio da Funai para que as comunidades indígenas possam dar os próximos passos rumo ao aumento da produção agrícola na região.
A Kopyhar foi criada a partir do 1º Encontro dos Agricultores Indígenas do Maranhão, idealizado pelos Guajajara e apoiado pela Funai em maio de 2019. Atualmente a cooperativa abrange 400 aldeias e busca incrementar a produção agrícola de milho, arroz, soja, mandioca, banana e inhame, o que irá beneficiar cerca de 8 mil indígenas somente na Terra Indígena Bacurizinho. A expectativa é que a produção possa alcançar redes varejistas, possibilitar o fornecimento de alimentos ao governo local e, futuramente, atingir até mesmo o mercado externo.
“Agora nós podemos usar nossa terra como forma de sobrevivência. A gente quer que a Funai venha acompanhar, fiscalizar os projetos junto ao Ibama, Procuradoria Federal Especializada do órgão. Queremos que as coisas sejam transparentes. Eu creio que o atual presidente do Brasil quer que a terra seja liberada, mas que o indígena também cresça para que ele tenha uma melhor qualidade de vida”, declarou o cacique Raimundo Guajajara que quer fomentar, ainda, a produção de artesanato e plantio de outras sementes nas terras indígenas.
Atualmente, os Guajajara já têm proposta de uma empresa para a compra da produção agrícola. A equipe da Funai garantiu auxiliar no acompanhamento técnico, análise de propostas e opções de venda, articulação com instituições, assessoramento jurídico e trâmites legais que se fizerem necessários, de acordo com o interesse indígena. Está prevista para fevereiro, visita técnica da Coordenação-Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento às terras Guajajara.
Assessoria de Comunicação/Funai
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