Ativistas denunciam aumento de ataques contra comunidades indígenas e postos da Funai. Órgãos de segurança e militares não conseguem controlar a situação, e governo fala em liberar terras para exploração econômica.
No oeste da Amazônia, na fronteira com o Peru e a Colômbia, se estende a segunda maior reserva indígena do Brasil, a terra indígena (TI) Vale do Javari. A Funai contabiliza oito povos indígenas isolados na região, a maior concentração mundial desses povos.
“São os últimos seres humanos que escolheram viver de forma autônoma de fato e fora desse mundo louco e materialista como o nosso”, diz Beto Marubo, ativista indígena do Vale do Javari. Sua tribo, a dos marubos, tem contato com a civilização há 100 anos. Outras etnias, como os corubos, ainda estão parcialmente isoladas. Elas são as que correm o maior risco. “Uma gripe pode matá-los em três dias”, conta Beto.
Eles também não conhecem, na hora de caçar, os limites da floresta estipulados em mapas. “É por isso que é tão importante proteger o meio ambiente no qual eles sobrevivem”, afirma Beto. Mas os conflitos violentos no Vale do Javari estão aumentando, e mesmo os postos de proteção da Funai estão sendo atacados. O posto de Itui-Itacoai foi atacado a tiros oito vezes em 2019. Um funcionário da Funai foi assassinado em setembro. “Essas bases não oferecem nenhuma segurança para alguém ficar ali”.
Leia na íntegra: O clima hostil contra indígenas no Brasil – DW – 19/12/2019
Leia também:
Valor Econômico – Bolsonaro defende gado em terra indígena para baixar preço da carne | Brasil | Valor Econômico (globo.com)
FONTE: Jornal da Ciência – Edições – Jornal da Ciência (jornaldaciencia.org.br)
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