Cerca de 50 lideranças Guajajara compareceram à sede da Funai, em Brasília, na última terça-feira (28), a fim de manifestar apoio ao atual governo brasileiro e à gestão da Funai. Na ocasião, relataram a necessidade de que os órgãos públicos e a sociedade civil ouçam diretamente os caciques, considerados pelas comunidades indígenas como seus legítimos representantes.

As lideranças apresentaram demandas relativas ao etnodesenvolvimento, ecoturismo, representatividade, segurança, saúde e educação. Fotos: Mário Vilela/Funai

“Esse novo governo é o nosso governo. Agora é nossa era. Estamos apostando nesse governo e gostaria muito que a autonomia dos caciques fosse considerada, que eles fossem ouvidos. Há pessoas que dizem nos representar, mas que mais atrapalham do que ajudam”, declarou Libiana Guajajara, cacica da aldeia Mainumy, da Terra Indígena Rodeador (MA), ao se referir a expoentes indígenas que o grupo não considera representantes das demandas de suas aldeias.

Após reunião entre os indígenas e o presidente Marcelo Xavier, a Funai, a fim de auxiliar as lideranças a apresentarem suas reivindicações, reuniu no prédio da instituição autoridades da Secretaria Especial de Saúde Indígena, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e de todas as Coordenações-Gerais da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável do órgão indigenista.

Os caciques das Terras Indígenas Cana Brava, Rodeador, Tenharim e Barra do Corda (MA) levantaram pontos que consideram cruciais para seu futuro, como demandas de saúde e segurança e projetos de ecoturismo, de educação e de plantações de batata e mandioca para produção de etanol. “Nós queremos que vocês tenham oportunidade e escolham os rumos que querem tomar”, assegurou Marcelo Xavier às lideranças, ao se referir ao posicionamento de sua gestão em relação aos anseios das comunidades representadas na ocasião.

Assessoria de Comunicação/Funai