O Diretor-Presidente da Organização Social BioTec-Amazônia, Professor José Seixas Lourenço, o Diretor de Articulação Público-Privada da BioTec, Sérgio Alves e Luiz Ricardo Marinello, Consultor de Propriedade Intelectual da BioTec-Amazônia participam, nesta terça-feira, 3, em Brasília (DF), do evento “Diálogo Oportunidades e Desafios da Bioeconomia para o Brasil”. O encontro acontece na Confederação Nacional da Indústria.

O objetivo do evento é dialogar sobre os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento da agenda de Bioeconomia no Brasil, com base em experiências empresariais e na visão do governo. Representantes do setor industrial e do poder público participam do evento. Para o Diretor de Articulação Público-Privada da BioTec, Sérgio Alves, “por ser uma superpotência da biodiversidade, o Brasil tem grande diferencial para apostar na Bioeconomia como um caminho para o desenvolvimento sustentável”.

A programação contou, na mesa de abertura, com a presença de Eduardo Camerini, Secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente; Monica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria e Fábio Lorotonda, diretor de Políticas e Programas de Desenvolvimento da Secretaria de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Na palestra de abertura, professor Gonçalo Pereira, do Laboratório de Genética e Bioenergia (LGE) da Unicamp, apresentou o estudo “Bioeconomia e a Indústria Brasileira”. O professor Gonçalo destacou, entre outros, a importância do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o registro das patentes para a indústria e a riqueza da biodiversidade como uma alternativa sustentável para economia nacional.

Entre as entidades presentes estavam representantes do Ministério do Meio Ambiente, Embrapa, Ministério da Agricultura e Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI). Se discutiu, após a palestra, as políticas públicas da bioeconomia e como a inovação deve estar na prática das indústrias. “Hoje é nítido que as invenções estão caindo nas multinacionais e a gente está perdendo grandes descobridores para o mercado internacional”, destacou Luiz Claudio, representante do Ministério do Meio Ambiente.

Ana Viana, Gerente de Assuntos Regulatórios da Natura, explicou que “Bioeconomia não está só na pesquisa e no desenvolvimento (P&D) mas está no marketing, nos negócios”. A Gerente da Natura também falou das dificuldades que a empresa tem enfrentado ao logos dos anos. “Primeiro foi com a lei de acesso ao patrimônio genético mas, a Natura aceitou esse desafio. E foi um desafio muito grande pois a Natura buscou esse processo de regularização”.

Mas, também, reforçou a importância da nova lei da biodiversidade. “Ela trouxe muitos avanços. A Natura consegue olhar indicadores com resultados positivos quando a gente fala de Bioeconomia. O Ecoparque, no Pará, que se encontra em Benevides, é um consórcio com números significativos. Esses indicadores sociais são extremamente importantes. Não vamos fazer economia da floresta em pé sem as comunidades que fazendo parte desse processo”.

A Bioeconomia é o caminho para ampliação do uso econômico e sustentável dos recursos biológicos brasileiros por meio da inovação. O setor já movimenta mais de U$ 2 trilhões por ano em todo o mundo e, para o Brasil, que abriga quase 20% da biodiversidade do planeta e 12% das reservas mundiais de água doce, esse é um mercado com enorme potencial. O desafio do país é transformar suas vantagens comparativas em vantagens competitivas, com soluções inovadoras e sustentáveis.

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Silvia de Souza Leão
Assessora de Comunicação BioTec-Amazônia

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