Com a chegada de mais um réveillon, a lista de desejos para o Ano Novo geralmente se repete: paz, amor, dinheiro, felicidade e… saúde. Para ajudar nesse último quesito, a Operação Acolhida realizou, em parceria com missionários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos Últimos Dias, uma ação em que migrantes venezuelanos tiveram acesso a exames de imagem, laboratoriais e consultas para diagnóstico e acompanhamento de doenças crônicas.
Uma das atendidas na ação foi Gabriela Salazar, de seis anos. Sua mãe, Luzmari, contraiu zika durante a gravidez. Por isso, a menina nasceu prematura e apresenta problemas cognitivos e de locomoção. A família está há cinco meses no Brasil e Luzmari destaca a diferença que a mudança representou para a saúde da menina.
“Na Venezuela, uma ressonância custa US$ 2.500. Nunca pudemos fazer, por causa do preço. Aqui foi de graça. Fico muito agradecida por isso tudo”, afirmou ela, que ainda tem outro filho com elas no abrigo Jardim Floresta e mais dois que estão na Venezuela.
A atenção contínua é um ponto sensível em casos como o de Gabriela. Por isso, a Operação Acolhida criou pastas para que todos exames, diagnósticos e receitas já expedidos formem um histórico de cada paciente, facilitando o acompanhamento médico.
Vania Martins, voluntária e missionária da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, destaca a importância desse trabalho de continuidade em casos mais delicados.
“São exames de raio-x, tomografias, ressonâncias magnéticas e exames laboratoriais que eles estavam precisando. A Operação Acolhida tem dois objetivos: ajudá-los a serem autossuficientes, através da interiorização, com a ida para outros estados onde eles podem trabalhar; e aliviar o sofrimento dessas famílias. Sabemos que um problema de saúde traz um grande sofrimento”, resume Vania.
Para algumas pessoas, esse acompanhamento é ainda mais importante. Luzmari Laurador, de 46 anos, está com um câncer de tireoide. Ela iniciou seu tratamento na Venezuela, mas precisou fazer uma nova operação depois que chegou ao Brasil.
“Não tenho nada a me queixar daqui. Tenho muito apoio, médicos, psicólogo”. Para o Ano Novo que se aproxima, ela tem apenas dois desejos: recuperar sua saúde e rever os quatro filhos que ainda estão na Venezuela.
Além dos exames, os adultos e crianças consultaram-se com médicos da Operação e voluntários, totalizando 69 atendimentos. Os pacientes são venezuelanos que estão em sete abrigos e em uma ocupação espontânea de Boa Vista.
Por Tenente Valinho
Fotos: Cb Francilaine
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa – Ação realiza atendimentos médicos em venezuelanos que precisam de atenção continuada — Ministério da Defesa (www.gov.br)
Jaime de Agostinho
A ECOAMAZÔNIA RECEBEU, VIA EMAIL, O SEGUINTE COMENTÁRIO:
Roraima não tem estrutura para atender 90.000 venezuelanos.
Eles precisam ser evacuados urgentemente daquela região, para outras que tenham condições de absorvê-los, no mercado de trabalho, sob o risco de estarmos criando, em pouco tempo, um grupo majoritário, naquele Estado.
Enquanto isto, a nata desses refugiados é levada de Boeing para o centro-sul.
É o que penso.
Loureiro – Antonio Loureiro