O senador Lucas Barreto (PSD-AP) pediu nesta terça-feira (19) em Plenário que o presidente da República, Jair Bolsonaro, revogue o decreto que em 1984 criou a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), uma área de cerca de 4,6 milhões de hectares, situada entre os estados do Pará e do Amapá.
Ele acrescentou que nessa região há reservas minerais de ouro, ferro, fosfato e titânio.
Para o parlamentar, a decisão adotada na década de 80, no governo de João Figueiredo (1918-1999), não teve critérios técnico-geológico ou propósitos ambientais, mas se baseou num “forte nacionalismo” e numa “aversão ao capital estrangeiro”. O senador afirmou que o setor mineral e o agronegócio reclamam há décadas a revogação da Renca.
Lucas Barreto destacou a presença na reserva de grande quantidade de fósforo, cuja exploração, continuou, poderá projetar o Amapá como um grande fornecedor de insumos para o agronegócio do Brasil, do platô das Guianas e de outras nações. A revogação do decreto que criou a Renca permitirá ainda, segundo ele, a abertura à “mineração sustentável” de cerca de 44 % da área.
— O que falta mesmo é um debate qualificado que permita a todos, em especial à população e aos governos do Pará e Amapá, conhecer o potencial das riquezas minerais dessa reserva e seus limites e como, e pela melhor forma e com sustentabilidade, poderão contribuir para o desenvolvimento econômico e social desses Estados e do próprio Brasil — disse.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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