Um dos nomes do novo movimento indígena brasileiro, Beto Marubo que atividades de garimpo são nefastas de qualquer forma, regularizada ou não.
Às vésperas do governo apresentar uma proposta de mineração em terras indígenas, o ativista Beto Marubo, 43 anos, alerta para o impacto do garimpo em mais de uma centena de aldeias de índios isolados na Amazônia. Ele chama a atenção para o fato de esses índios não terem anticorpos para enfrentar uma gripe nem armas de mesmo poder de fogo das usadas por garimpeiros que entram com balsas nas regiões de isolados. “A demora de três dias num simples atendimento médico pode exterminar uma aldeia inteira”, observa Beto.
Um dos nomes do novo movimento indígena brasileiro, Beto estava entre os convidados da ONU para a assembleia de povos indígenas realizada em abril na sede da entidade. Ele nasceu numa aldeia marubo, uma das seis etnias de língua e costumes conhecidos do Vale do Javari, no oeste do Amazonas. A preocupação de Beto, porém, é com os isolados que vivem nesse território do tamanho de Portugal. Só neste ano, foram seis ataques de garimpeiros às bases de proteção na área. Ainda adolescente, ele acompanhou o trabalho do sertanista Sydney Possuelo na demarcação da reserva e na defesa de korubos e flecheiros, alguns dos grupos isolados.
Patrik Camporez, O Estado de S.Paulo
Íntegra da entrevista disponível em: https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,mineracao-em-terras-indigenas-poe-em-risco-indios-isolados-diz-lideranca-indigena,70003072690
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