“Nós, povos indígenas, queremos fazer parte desse cenário de progresso e inclusão”, diz líder indígena.
MANAUS, 27 de novembro de 2019 (A Crítica) – Um grupo de indígenas de diversas etnias esteve na entrada da abertura da 1ª Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (fesPIM), que acontece nesta quarta-feira (27) em um centro de convenções na Zona Sul da capital.
Os líderes faziam questão de ressaltar que não se tratava de protesto, mas ato de agradecimento à presença do presidente Jair Bolsonaro e de apoio ao agronegócio no país. Os Indígenas que declaram apoio a Bolsonaro não participaram da abertura da feira, agenda exclusiva para convidados.
“É para agradecer o presidente por abrir as portas para o agronegócio no Amazonas, principalmente, com o plantio de cana de açúcar e de milho. O milho é uma cultura milenar dos povos indígenas. Os povos indígenas estão muito esperançosas de que isso venha trazer dignidade para o nosso povo que deseja igualdade e inclusão”, disse o cacique Jair Marinha.
“Nós, povos indígenas, queremos fazer parte desse cenário de progresso e inclusão no estado do Amazonas”, completou o líder indígena.
No início de novembro Jair Bolsonaro decidiu revogar o decreto 6.961, de 2009, que proibia plantações de cana de açúcar no bioma amazônico. A decisão do governo brasileiro foi criticada pela União Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), por favorecer a produção do Brasil no comércio internacional, segundo a entidade. Ambientalistas apontam que a expansão do cultivo pode colocar a Amazônia em cenário de colapso.
27/11/2019 15h26
FONTE: OPINIÃO CRÍTICA.
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