Indígenas Xavante reuniram-se em mutirão para a implantação de módulos experimentais do sistema agroflorestal em duas aldeias da Terra Indígena Sangradouro, no leste mato-grossense, entre os dias 18 a 23 deste mês.
Na aldeia Tsõrepré, homens, mulheres, jovens e crianças trabalharam coletivamente para transformar uma antiga área de horta e cerrado em canteiros consorciados de árvores frutíferas, roça e capineira. “A capineira funciona como uma fábrica de adubo, com produção constante de matéria orgânica para cobertura e nutrição dos canteiros” explicou Simón Paz, do Instituto Flor de Ibez e consultor técnico do projeto.
Os trabalhos foram acompanhados pelo servidor Xavante Mariano Wadzerepruwe, cacique da aldeia Nossa Senhora das Graças, na TI São Marcos, onde haverá implementação semelhante no início de dezembro.
Ele avalia as atividades desenvolvidas até o momento: “Fizemos esse trabalho de mutirão, conforme a cultura xavante, que sempre trabalha de união. Foi muito proveitoso que todas as comunidades se reuniram e conseguimos fazer as plantações e os terrenos foram preparados.
As crianças estão ajudando a plantar e limpar, estão alegres. Então, a gente já está vendo nosso futuro, isso é o futuro para nós. Plantar mais mudas, que dá comida, que dá água, porque daqui a muitos, ou até poucos anos, quem sabe, podem secar os rios”.
Até dezembro serão implementados módulos agroflorestais em cinco aldeias xavante das Terras Indígenas Sangradouro e São Marcos, como resultado da parceria entre as comunidades das aldeias e a Coordenação Regional Xavante, com a assessoria do Instituto Flor de Ibez.
As atividades dão continuidade ao curso de formação em sistemas agroflorestais oferecido pelo campus de Barra do Garças do Instituto Federal de Mato Grosso em parceria com o Instituto Flor de Ibez e também apoiado pela Coordenação Regional Xavante, no qual participaram estudantes xavante dessas cinco aldeias (saiba mais sobre o curso nesta notícia).
Coordenação Regional Xavante
FONTE: FUNAI
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