Nas primeiras horas do sábado, dia 31 de agosto, a Casa de Saúde Indígena (CASAI) localizada em Mâncio Lima, no Acre, recebeu a visita inesperada da Secretária Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Sílvia Waiãpi. Logo na chegada, a secretária exigiu o documento de registro no Conselho Regional de Enfermagem (COREN) de todas as profissionais da área que cumpriam plantão na unidade.
Depois de conferir os documentos, Sílvia visitou todos os setores da CASAI, verificando a qualidade dos serviços de apoio aos indígenas em tratamento na rede referenciada do SUS no município.
Na primeira enfermaria, estavam José Francisco Hunikui e sua esposa, Francisca Hunikui. Ele foi atingido no joelho por um prego lançado por uma roçadeira e submetido a uma cirurgia para retirada do objeto. A secretária, que também é fisioterapeuta, realizou um exame rápido no paciente e deu a ele orientações sobre a movimentação da perna, como uma preparação para as seções de fisioterapia determinadas pelo fisioterapeuta após a liberação da alta-médica e solicitação do médico.
Em outra enfermaria, o ar condicionado estava pingando água, problema geralmente ocasionado por falta de limpeza nos filtros do aparelho. A secretária pediu uma escada, subiu e retirou, ela mesma, os filtros e mostrou como devem ser limpos. Ela determinou que o próprio pessoal da limpeza da CASAI realizasse a lavagem dos filtros de cada equipamento pelo menos uma vez por mês.
Durante a visita, Sílvia também orientou outros pacientes sobre questões de fisioterapia e deu sugestões, como a criação de uma horta que pode utilizar a mão-de-obra dos próprios indígenas como forma de ocupação e para livra-los da ociosidade além de introduzir alternativas de interação por meio de terapia ocupacional adaptada aos costumes daqueles povos indígenas, assim eles poderão consumir o que produzirem e melhorar a alimentação dos pacientes e familiares abrigados na CASAI.
Desde que assumiu a SESAI, Sílvia já realizou diversas visitas inopinadas que flagraram irregularidades em unidades de saúde indígena em diversos Distritos pelo Brasil afora. “Ao chegar sem avisar, conseguimos ver a realidade da saúde indígena sem maquiagens. Assim, conseguimos mudar para melhor a qualidade dos serviços que devemos prestar aos indígenas brasileiros”, assegura Sílvia Waiãpi.
Por NUCOM/SESAI
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