A Conferência da Terra teve sua abertura na manhã desta quarta-feira (18), no Centro Amazônico de Fronteiras da Universidade Federal de Roraima (UFRR). O evento faz parte do Fórum Internacional do Meio Ambiente e tem como tema “Línguas, Ritos e Protagonismos nos Territórios Indígenas”. A programação segue no auditório até sexta-feira (20).

Para o reitor Jefferson Fernandes, a realização do fórum no mês de celebração dos 30 anos da universidade não é coincidência. “A UFRR exerce uma importante função na afirmação das línguas, ritos e conhecimentos indígenas, incentivando o protagonismo da cultura do nosso estado. A ideia é sairmos com uma carta da conferência, em que as etnias da Amazônia se manifestem”, contou.

O professor pós-Doutor em Gestão Socioambiental de Parques Nacionais, Giovanni Seabra, explicou durante a abertura do evento que realizou pesquisas de campo na Amazônia nos últimos meses e comprovou uma realidade ainda ignorada. “A Amazônia está carcomida, e não só pelo fogo. É pela fome e sede também. Comunidades ribeirinhas passam sede na maior bacia hidrográfica do mundo, e acabam tendo que tomar água contaminada por mercúrio devido ao garimpo. (…) Não é só a castanheira, a árvore mais representativa da região, que está sendo dizimadas, são histórias de vida”, apontou.

Feiras indígenas no estacionamento do CAF

Além de palestras, o fórum dá oportunidade para que indígenas de diversas etnias comercializem produtos manufaturados. Dentre os vendedores, está Nelson Martins, da etnia Wapichana e vice presidente da Associação Cultural Indígena Kapói. Ele contou que estava na feira vendendo algumas das bijuterias feitas pela entidade.

FONTE: UFRR