Sobre a Amazônia Brasileira, ora em debate, de ameaça de Internacionalização, em cuja defesa me posicionei como historiador, desde que tive contato com as teses do ex-comandante da Amazônia, Gen Ex Luiz Gonzaga Shoroeder Lessa, que trouxe para o Centro e Sul o debate em defesa da Amazônia.
Em decorrência, publiquei o livro Amazônia Brasileira, Conquista, Consolidação e Manutenção – História Militar Terrestre da Amazônia (1616-2004). Obra prefaciada pelo General Lessa e no final indicações de acesso a Internet de todas as monografias sobre a Amazônia Brasileira, produzidas por alunos da ECEME e CPAEx. Livro enviado ao então comandante Militar da Amazônia Gen Ex Heleno Ribeiro Pereira (24 set 2007-6 abr 2009) o qual agradeceu dizendo que meu citado livro “era livro de consulta e de sua cabeceira.”
Em 2017, decorridos 13 anos o republicamos, atualizado, reverenciando com fotos todos os ex-comandantes do Amazônia considerados Eternos comandantes, atualizando as monografias da ECEME e CPAEx do período e, ao final, as fotos dos ex- comandantes do Centro de Instrução de Guerra na Selva. Obra prefaciada pelo 1º comandante do Comando Militar do Norte Gen Ex Osvaldo de Jesus Ferreira e pelo Comandante Militar da Amazônia, o Gen Ex Geraldo Antônio Miotto, prezado amigo e meu ex-aluno de História Militar na AMAN em 1978.
Todo este conhecimento foi muito acrescido pela visão do filme do Netflix: Amazonas Clandestina. Filme que detalha os prejuízos causados à Amazônia pelo desmatamento criminoso por madeireiros, com a conivência de autoridades governamentais, com a missão de fiscalizar e punir os desmatadores, atuando com inimigos azuis, por dinheiro, por omissão criminosa ou por medo de represálias, por necessitarem de apoio policial militar mais convincente, além de danos causados pelas garimpagens não controladas, em terras indígenas, pelo intenso tráfico de droga e pelo controle de ONGs, em grande parte interessadas em nossos minerais. Enfim, abusos incríveis a preocupar especialmente europeus, na inviabilização da Amazônia, como pulmão do Brasil e do mundo.
Afora isto acabo de assistir uma entrevista do autor do livro A Terra Inabitável, que tem causado grande preocupação nos meios científicos do Ocidente e de autoria de David Wallace Wells, alertando pelo aumento do efeito estufa e do nível dos mares, pelo derretimento das geleiras. E relacionando as causas destas mudanças climáticas ou sofrimentos climáticos, decorrentes, inclusive o aumento de conflitos militares.
E menciona a menina e líder ativista Greter Flumberg, que em defesa das próximas gerações, apela providências das atuais gerações para evitarem esta tragédia anunciada, “da qual os líderes das atuais gerações, colocam a mão nas cabeças das crianças e lhes dizem, não se preocupem.”
O problema é sério. É a Amazônia em seu conjunto, como Pulmão do Brasil e do mundo é fundamental ser preservada e combatida com firmeza e determinação, os diversos problemas que a afligem. E aqui recordo o nosso grande geopolítico Gen Carlos de Meira Mattos, com a Teoria do Desafio e a Resposta ,do grande historiador ocidental Arnold J.Toynbee assim sintetizado.
“A geografia condiciona, justifica, dificulta, sugere, inspira e apresenta o Desafio. Compete ao Homem responder este Desafio. Ou ele responde e vence ou é derrotado.
Este é o grande desafio para o Governo Brasileiro: Executivo, Legislativo e Judiciário. Queira Deus que eles vençam !!!.E que contem com o apoio do Povo Brasileiro
E recordo este pensamento de meu ex-comandante Gen Ex Rodrigo Jordão Ramos, cuja história resgatei para seu filho e meu colega de Turma Aspirante Mega, para disponibilizá-la na História do 2º Grupamento de Engenharia de Construção em Manaus, do qual é denominação histórica e, ex-comandante de Amazônia que perenizou este mantra..
“Árdua é a missão, de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados em conquistar e mantê-la.”
História esta que resgatei em meu livro citado Amazônia Brasileira…disponível em obras de interesse da AMAZÕNIA, em Livros e Plaquetas no site da Federação de Academias de História Militar Terrestre da Amazônia www.ahimtb.org.br
Vale a pena ser lido artigo Fundo Amazônia- os Vikings e a Nova Era Brasileira do General Paulo Chagas em https://genpaulochagas.wordpren.com/2019/o7/o8.fundo-amazõnia-os-vikings-e-a nova-era-brasileira.
Por iniciativa da Escola Superior de Guerra participamos em dependências do Banco Central de Simpósio sobre a Amazônia, o que a credito deva ser repetido para coordenar o pensamento brasileiro sobre a defesa da Amazônia, para responder ao Sínodo do Vaticano, sobre a Amazônia,” que atiçaria a Campanha de Internacionalização da Amazônia” segundo General Luiz Eduardo Rocha Paiva, autor em 2011 de Artigo, A Amazônia e a marcha da insensatez, que vale apenas ser meditado.
Hoje as condições de defesa de nossa soberania sobre a Amazônia brasileira se tornaram mais complexas, com o advento de uma nova Era de grande e acelerado desenvolvimento tecnológico, creio que provocado pelo desenvolvimento da Informática e da Internet, em especial ,nas grandes potências econômicas e militares. Nos últimos 10 anos, 2009-2019, houve grandes revoluções com apoio na Internet. O Google substitui a Listel, Páginas Amarelas e Enciclopédias. Os Smartphones substituíram câmeras amadoras, fotografias e revelações. A Nuvem complicou os pendrives. O Uber está competindo com os táxis. O Youtube complicou a vida das emissoras de TV. Pois os jovens preferem assisti-lo, do que as TVs de canal aberto. O Whatsap, complicou os telefones. A Tesla, complicou as montadoras de automóveis. A Olx acabou com classificados em jornais e o Email complicou a vida dos Correios. E vem mais tecnologias na nova Era que vivenciamos e inclusive na Doutrina Militar com a Guerra Cibernética, uso de drones, mísseis intercontinentais etc
Aguardemos conclusão em Cancum, México do Encontro Internacional sobre o clima e suas resoluções.
Cel Claudio Moreira Bento – Presidente da FAHIMTB
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