Por quê a volúpia das pressões internacionais em demarcar TIs na Calha Norte do Rio Amazonas, desde o início dos anos 1990?

Começou ali, sendo o governo Collor ameaçado de boicote internacional à reunião ecológica Rio92, se não demarcasse a Reserva Ianomami.

Collor cedeu e, desde então, em 30 anos, a Calha Norte ficou repleta de TIs e UCs, exatamente correspondendo ao Corredor Triplo A, hoje demandado pela “comunidade mundial”. Acreditam que seja pela comunidade mundial? Claro que não, pois ela é apenas um instrumento conduzido como gado por “poderosos poderes”.

Portanto, foram criadas as condições objetivas para agora, passados 30 anos, ser proposto o Corredor Triplo A. Atenção, pois ele tem como base as imensas TIs demarcadas sucessiva e exatamente nas terras do Corredor. Essas terras têm projeções em países vizinhos, Venezuela e Colômbia, mas não na Guiana ex inglesa, no Suriname ex holandês e na Guiana ainda francesa. Interessante, não é?

O que pretendem é impor a soberania compartilhada no Corredor, segundo normas alienígenas impostas. Adivinhem por quem?

A balcanização da Calha Norte foi uma Estratégia de Ações Sucessivas, durante 3 décadas. As pessoas precisam saber que o tempo estratégico não se conta ano a ano, mas por períodos maiores, como no caso em pauta. Ou seja, pouco a pouco “demarcaram” o Corredor em questão – criando condições hoje objetivas …..

Eu não sabia que haveria uma proposta como o Corredor Triplo A, mas publiquei alguns artigos em que projetei a ameaçadora situação atual. Disse, inclusive, há muito tempo, que se o Brasil não revertesse sua política indigenista, no futuro estariam “criadas condições objetivas” para uma “declaração” alienígena comprometendo a soberania nacional nas imensas terras que iam sendo demarcadas exatamente na Faixa de Fronteiras.

O Macron já fez a tal “declaração”, portanto, que nossos líderes reajam com posições firmes, não compareçam, não mandem representantes e nem reconheçam qualquer debate ou proposta vindas do Sínodo do Vaticano sobre a Amazônia, inclusive o tal Corredor.

Porém, que não usem argumentos primários, bravatas terceiro mundistas ou declarações estapafúrdias, mas sim posições inteligentes e calcadas em conhecimentos de história, estratégia e geopolítica.

É A HORA DE VIRAR O JOGO.

General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva