No último sábado (27/07) a Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio no Amapá encaminhou para a presidência do órgão memorando informando sobre um possível ataque de garimpeiros à Terra Indígena Wajãpi na segunda-feira (22), que teria resultado na morte do líder indígena Emyra Wajãpi.
Por se tratar de um local de difícil acesso, a Funai alertou os órgãos de segurança pública da área, que se deslocaram ao local para investigar a causa do óbito e garantir a segurança dos indígenas.
No domingo (28), após a chegada de servidores da Fundação, da Polícia Federal e da Polícia Militar do Amapá, foi aberto inquérito pela PF para apuração da causa da morte de Emyra e criado um gabinete de crise com os órgãos competentes: Funai, Ministério Público Federal, MP estadual, Polícia Federal, Secretaria de Justiça e da Segurança Pública do Amapá e Exército.
Ontem, a Polícia Federal divulgou em nota que “durante as diligências, guiadas pelo índio Aikyry, filho do indígena morto, não foram encontrados invasores ou vestígios da presença de não-índios nos locais apontados pelos denunciantes. Policiais federais percorreram uma grande área, realizando vistoria em conjunto com os policiais da COE/PM/AP, que são referência no estado em rastreamento e combate em áreas de mata, e nada foi encontrado”.
O presidente da Funai, Marcelo Xavier, lamenta profundamente a morte do cacique Emyra Wajãpi e, desde sábado, tem acompanhado o caso junto às autoridades competentes. “A Funai se solidariza com a família do líder Emyra e com toda a comunidade Wajãpi neste momento. Nossos servidores permanecerão no local acompanhando o trabalho da polícia até que todas as circunstâncias do óbito sejam apuradas”, ressaltou.
Ascom/Funai
NOTA DA FUNAI – Suposta invasão de Terra Indígena no Amapá – ATUALIZAÇÃO (29/07)
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