O Ibama interrompeu extração ilegal de madeira em estágio inicial em Unidades de Conservação (UCs) na divisa do Amazonas com Mato Grosso. Foram apreendidos quatro tratores, uma serraria móvel, uma motocicleta e cerca de 100 metros cúbicos de madeira em tora.
O maquinário, avaliado em R$ 500 mil, foi depositado temporariamente em base da Fundação Nacional do Índio (Funai) e posteriormente destinado a prefeituras dos municípios mato-grossenses de Cotriguaçu, Colniza e Alta Floresta.
Agentes ambientais identificaram ramais abertos para escoamento da madeira. As vias cortam a Reserva Extrativista (Resex) Guariba Roosevelt, em Colniza (MT); e a Resex do Guariba e o Parque Estadual Guariba, ambos em Novo Aripuanã (AM).
Ao perceber que os equipamentos usados na exploração florestal haviam sido localizados, os responsáveis pela atividade se apresentaram como proprietários dos bens. Eles foram autuados pela abertura de ramais na floresta e por extração de madeira em área não permitida. As multas totalizam R$ 360 mil.
Reservas Extrativistas são áreas protegidas usadas por populações tradicionais. Nesses locais, a extração de madeira para fins comerciais só é permitida em situações especiais, quando realizada de forma sustentável e com o objetivo de complementar outras atividades desenvolvidas na reserva.
O Parque Estadual do Guariba é uma Unidade de Conservação de proteção integral onde é permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais em atividades de recreação, turismo ecológico, pesquisa científica e educação ambiental. Dois acampamentos usados pelos madeireiros foram identificados no interior do parque.
Além das sanções administrativas (multas e apreensões) aplicadas, os infratores responderão pelas atividades ilegais em âmbito criminal.
A fiscalização na região será intensificada para reprimir violações à legislação ambiental e práticas como evasão fiscal e trabalho análogo à escravidão.
Assessoria de Comunicação do Ibama
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