Mais de 90% de precisão. Esse foi o percentual de acerto dos alertas de desmatamento gerados pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Os dados foram apresentados pelos coordenadores do Centro Nacional de Monitoramento de Informações Ambientais (Cenima), órgão do Ibama, no dia 28 de junho, em Brasília (DF). A reunião foi acompanhada por videoconferência por analistas dos centros regionais do Censipam em Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Belém (PA).
A avaliação foi baseada nos polígonos de desmatamento do tipo “corte raso” detectados entre 1º de janeiro a 1º de abril de 2019, com 1300 polígonos validados. A amostra representa 41% do total de 3200 polígonos disponibilizados pelo Censipam por meio do sistema SipamSAR.
“A partir dos alertas do Censipam, 16% das áreas detectadas já foram embargadas. O Ibama tem cinco anos para embargar as áreas detectadas. A prioridade é para desmatamentos em expansão”, explicou George Porto, coordenador do Cenima.
Segundo o Ibama, a análise demonstra que o satélite com tecnologia radar de abertura sintética (SAR), utilizado pelo Censipam, detectou uma área e quantidade de polígonos muito maiores que os sensores óticos usados por outros órgãos.
“A mensuração dos resultados é muito importante. Nossas organizações têm o trabalho de proteger a Amazônia e tudo que fazemos tem visibilidade internacional.
Esse alto índice de precisão é resultado do esforço de nossos analistas. Fizemos investimentos e faremos ainda mais para continuar esse trabalho”, afirmou o diretor-geral do Censipam, Major-Brigadeiro José Hugo Volkmer.
“Agradecemos o trabalho realizado pelo Censipam por meio do SipamSAR. Essa é uma ferramenta de sucesso que tem ajudado muito ao Ibama”, completou Porto.
Segundo a amostra, os estados com mais registros de focos de desmatamento são Pará e Rondônia. Pacajá, no Pará, é o município que mais desmatou no período, e a Área de Proteção Ambiental de Triunfo do Xingu e a Terra Indígena Trincheira/Bacajá foram as mais devastadas.
Com informações do Censipam
Fotos: Ronaldy Rodrigues/Censipam
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