A taxa anual consolidada pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apontou o resultado de 7.536 km² de corte raso no período de agosto de 2017 a julho de 2018.
O resultado indica um acréscimo de 8,5% em relação a 2017, ano em que foram apurados 6.947 km². Também representa uma redução de 73% em relação à registrada em 2004, ano em que o Governo Federal lançou o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), atualmente coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O mapeamento utiliza imagens do satélite Landsat, CBERS e ResourceSat para cartografar e quantificar as áreas desmatadas maiores que 6,25 hectares. O PRODES considera como desmatamento por corte raso a remoção completa da cobertura florestal primária, independentemente da futura utilização destas áreas.
As tabelas abaixo mostram a distribuição do desmatamento para o ano de 2018 nos estados que compõem a Amazônia Legal, bem como a comparação com as respectivas taxas consolidadas para o ano de 2017.
A taxa consolidada para 2018 foi obtida após o mapeamento de 215 cenas do satélite americano Landsat 8/OLI. Esse valor é 4,61% abaixo da taxa estimada pelo PRODES em novembro de 2018, que foi de 7.900 km². O cálculo da taxa estimada, nessa época, foi feito com base em 93 imagens do mesmo satélite que cobriam a área onde foram registrados mais de 90% do desmatamento no período anterior (agosto/2016 a julho/2017) e os 39 municípios prioritários para fiscalização (definidos no Decreto Federal 6.321/2007, atualizado em 2017 pela portaria no. 360 do Ministério do Meio Ambiente).
A Figura 1 mostra a série histórica do PRODES para a Amazônia Legal. A Figura 2 mostra variação relativa entre anos consecutivos de 1988 a 2018. Finalmente, a Figura 3 mostra a taxa de 2018 separada pelos Estados da Amazônia Legal.
Por meio do PRODES, o INPE realiza o mapeamento sistemático da Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região. Essa série histórica é usada pelo governo brasileiro para avaliação e estabelecimento de políticas públicas relativas ao controle do desmatamento e ações voltadas a temática de REDD+.
Além do uso governamental, os dados do PRODES embasam iniciativas bem-sucedidas no setor privado como a Moratória da Soja e o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) da cadeia produtiva de carne bovina, entre outras. A série histórica do PRODES é ainda usada em centenas de trabalhos científicos na área ambiental, demonstrando sua importância para toda a sociedade brasileira.
FONTE: INPE – INPE / Notícias – INPE consolida 7.536 km² de desmatamento na Amazônia em 2018 (VER TABELAS E FIGURAS)
VER MAIS EM: PRODES — Coordenação-Geral de Observação da Terra (inpe.br)
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