Iniciativas ferem as populações indígenas locais, ocasionando superlotação de áreas urbanas e aumento da pobreza.

Levantamento feito por pesquisadores de seis países mostra que 68% das áreas de proteção ambiental de territórios indígenas da Amazônia estão ameaçadas em razão de projetos de infraestrutura. Wagner Costa Ribeiro, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, comenta os impactos sobre as populações locais e os prejuízos para o País.

A intervenção na floresta amazônica interfere no modo de vida de populações locais, que vivem do oferecimento de mantimentos da natureza. Além disso, traz um modelo de desenvolvimento ultrapassado, considerando que a Amazônia oferece diversos recursos para pesquisa e desenvolvimento científico.

Os povos indígenas, ao terem suas terras retiradas, têm como única saída a migração para as cidades grandes. Tal fato intensifica o inchaço de áreas urbanas e a pobreza em regiões periféricas. Apesar de o desenvolvimento de infraestrutura ser vantajoso para o País, deve-se focar primeiramente em áreas urbanas, como São Paulo, que, apesar do tamanho, possui locais sem saneamento básico. Trabalhando a infraestrutura nos grandes centros haverá maior oferta de emprego e movimentação econômica.

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Por – Editorias: Atualidades, Rádio USP – URL Curta: jornal.usp.br/?p=252682