Entre os dias 14 a 22 de maio, o Parque Nacional dos Campos Amazônicos (RO/AM/TO) recebeu o segunda edição do Intercâmbio Nacional de Manejo Integrado do Fogo (XFire), evento organizado pela Coordenação de Prevenção e Combate a Incêndios (COIN) do ICMBio.

Evento contou com a participação de servidores do ICMBio, especialistas do IBAMA, bombeiros, indígenas e pesquisadores de universidades. (Foto: Ueslei Pedro)

O XFire é um dos três intercâmbios para trocas de experiências em manejo integrado do fogo, uma prática que permite proteger espécies e ambientes sensíveis, além de reduzir a ocorrência de incêndios ao criar mosaico de locais sem acúmulo de combustível. O XFire foi pensado para discutir e melhorar os planejamentos e as técnicas do uso do fogo para a conservação, além de técnicas de monitoramento associadas ao Programa Monitora do ICMBio.

O evento contou com a participação de servidores do ICMBio, especialistas do IBAMA, bombeiros, indígenas e pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e da Universidade Estadual Paulista (UNESP).

A UC tem experiência em manejo integrado do fogo desde 2016, com queimas prescritas e execução de pesquisas voltadas ao comportamento do fogo no encrave de cerrado presente no interior do parque. O encrave possui área total aproximada de 434,200 hectares com 204 mil inseridos dentro da UC e o restante em duas terras indígenas do povo Tenharim, limítrofes ao Parque. As queimas prescritas são aplicadas na UC são realizadas pelos brigadistas do ICMBio na transição chuva-seca, no período entre maio e junho, por isso, denominadas queimas precoces, nas quais a finalidade é a redução do material combustível acumulado.

O processo de gestão do fogo nas UCs teve ganho significativo com a mudança de concepção para o Manejo Integrado do Fogo. Por isso o ICMBio trabalha com o assunto na perspectiva de integração de processos institucionais e do manejo adaptativo, envolvendo outros processos trabalhados pela instituição como pesquisa e monitoramento. Desta forma, é possível orientar as ações e as comunidades vinculadas, respeitar as necessidades e ordenar o uso do fogo para a agropecuária e o extrativismo, de maneira concretamente participativa.
Os participantes também puderam compartilhar suas diversas experiências em gestão do fogo e combate e prevenção de incêndios demonstrando o papel fundamental que o manejo integrado e adaptativo do fogo promove nas ações de proteção da biodiversidade e na gestão de conflitos socioambientais nos ecossistemas pirofíticos protegidos pelas unidades. Corpo de Bombeiros e Prevfogo presentes fizeram oportunas contribuições referente ao potencial que o manejo integrado e adaptativo do fogo em áreas não protegidas tem a contribuir com a gestão do fogo a nível nacional.

Ao todo, nos sete dias de evento, nove áreas foram manejadas com uso de fogo a partir das queimas prescritas, totalizando 1.180 hectares. O intercâmbio foi de extrema importância para a unidade por ser uma oportunidade de apresentar os resultados das ações de manejo in loco para um grande grupo de pessoas, incluindo especialistas.

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