Funai, Ibama, Polícia Militar Ambiental, Exército Brasileiro e ICMBio de Campo Novo de Rondônia promoveram ação de fiscalização na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau entre os dias 23 a 28 de abril. A operação de retirada de invasores.
A operação de retirada de invasores foi resultado de amplo planejamento e articulação entre as instituições após denúncias feitas pelos indígenas à Funai.
O trabalho contou com a participação de equipe com mais de oitenta pessoas. Foram encontradas duas balsas, usadas para atravessar motocicletas e mantimentos pelo rio Floresta, barracas montadas, trilhas, pontes em igarapés construídas para passagem de motos, quatro acampamentos e plantações feitas em áreas desmatadas pelos invasores.
Duas pessoas foram levadas à delegacia. Houve apreensão de uma motocicleta e uma motossera. As barracas foram inutilizadas.
Para o presidente Franklimberg de Freitas, defender o território indígena de invasões e crimes ambientais é uma das prioridades:. “Estamos atentos às denúncias. Temos trabalhado energicamente em Brasília e nas unidades regionais para atuarmos de maneira eficaz no combate às invasões, principalmente nas áreas de emergência. Uma operação como essa requer um grande contingente de pessoas, organização, estratégia e muito profissionalismo. Por isso são necessárias articulação e parceria com todas as instituições envolvidas de forma que cada uma possa contribuir dentro de sua atribuição.”
Claudionor Serafim, coordenador-geral de Ji-Paraná, ressalta que os técnicos da Funai têm atuado incansavelmente na região promovendo desde visitas e averiguação do local à articulação com instituições de apoio e planejamento de força-tarefa: “Essa operação é decorrente de muito esforço empregado desde às primeiras denúncias. Estamos investindo tudo o que está ao nosso alcance para proteger a área e as comunidades indígenas locais e não vamos parar por aqui”. A Coordenação Regional tem se mobilizado na defesa emergencial de outras terras indígenas sob sua jurisdição.
Vasta área da floresta foi derrubada pelos invasores e as ameaças às comunidades indígenas são constantes, o que torna a região numa área de conflito intenso. A TI é habitada pelos povos Uru-Eu-Wau-Wau, Amondawa e Oro Win.
No ano de 2019, novas frentes de invasão foram identificadas. Em janeiro, indígenas chegaram a registrar imagens dos intrusos envolvidos na abertura da mata afirmando que outras centenas de pessoas estariam se organizando para demarcar lotes no limite da área.
Planejamento
Desde às primeiras denúncias, as equipes da Coordenação Regional de Ji-Paraná e da Coordenação-Geral de Monitoramento Territorial (CGMT) começaram a se mobilizar para planejar ações que se enquadrassem num plano maior de fiscalização da área voltado à inibição das ações de grileiros, retirada de invasores e proteção continuada do território.
Em janeiro, a visita do presidente Franklimberg de Freitas, do Diretor de Proteção Territorial, João Loureiro, e do subsecretário de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), Ezequiel Roque, mobilizou as autoridades para a tomada de providências em defesa da área cuja deterioração ambiental alcançava níveis alarmantes, principalmente na parte norte da TI, conforme aponta dados do Centro de Monitoramento Remoto (CMR).
Visitas, investigações, planos de ação, articulação entre instituições, definição de estratégias, investimento financeiro e de força de trabalho construíram as etapas necessárias à operação.
Além da ação de grileiros, os técnicos da Funai trabalham na coibição da entrada de pessoas que adentram da terra indígena para caçar, pescar, coletar castanha e extrair madeira.
Veja o mapa do monitoramento da TI feito pelo CMR
Kézia Abiorana
Assessoria de Comunicação/Funai
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