O Ministério Público Federal (MPF) alerta que pessoas mal intencionadas estão iludindo trabalhadores rurais com promessas de conseguirem lotes na terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau, localizada em Rondônia.
Em conjunto com a Funai e o ICMBio, MPF atua para reprimir a ação de invasores.
A terra indígena foi demarcada, está homologada desde 1991 e é onde vivem quatro povos indígenas contatados (Jupaú – conhecidos como Uru-eu-wau-wau, Oro Win, Amondawa e Cabixi) e três povos indígenas ainda sem contato. MPF, Funai e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) estão atuando em conjunto para combater as invasões.
Segundo o MPF, as invasões e a grilagem de terra (falsificação de documentos para, ilegalmente, tomar posse de terras de terceiros) têm a conivência e, em alguns casos, a participação de fazendeiros que têm suas propriedades nos limites das áreas dos índios. Isso porque para invadir a terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau, os grileiros têm que passar por fazendas que cercam as terras indígenas. Os grileiros entram e desmatam, abrindo picadas (também chamados de carreadores) e marcando lotes.
A terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau possui as nascentes dos principais rios de Rondônia, entre eles os rios Cautário, Pacaás Novos, sendo o berço de 12 sub-bacias hidrográficas importantes para a economia, equilíbrio climático, preservação da biodiversidade. Tem também, em seu interior, de forma sobreposta, o Parque Nacional de Pacaás Novos. Essas áreas protegidas possuem espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada e o gavião real (Harpia Harpia).
Relação das terras indígenas de Rondônia
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