No início do mês, aconteceu em Marabá-PA curso de formação de monitores pesqueiros. Foi uma atividade do projeto “Monitoramento e gestão participativa da pesca artesanal como instrumento de desenvolvimento sustentável em comunidades da região amazônica”, o Propesca.
Liderado pela Embrapa, o projeto é executado em parceria com a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), com a Cooperativa de Trabalho, Prestação de Serviços, Assistência Técnica e Extensão Rural (Coopter) e com colônias e associações de pescadores das regiões de atuação do Propesca, que envolve três estados: Tocantins, Pará e Roraima.
A responsável pela coordenação das ações da Unifesspa no projeto é a professora Cristiane Cunha, ligada ao Núcleo de Educação Ambiental (Neam) da universidade. Segundo ela, as ações no Pará estão ocorrendo desde janeiro deste ano. Em março, começou o monitoramento da pesca nas comunidades em que o projeto acontece.
A recente formação de monitores pesqueiros foi coordenada por Cristiane e pela também professora Luciana Melo, que também é ligada ao Neam da Unifesspa. Participaram jovens de quatro comunidades pesqueiras: São Félix (Marabá); Vila Taury (Itupiranga); Apinajés (São João do Araguaia); e Santa Cruz dos Martírios (São Geraldo do Araguaia).
Além deles, estiveram no curso alunos dos cursos de Economia, Biologia, Letras, Pedagogia e Ciências Sociais da Unifesspa, uma bolsista da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) que é estudante de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e técnicos do projeto Quelônios do Tocantins. Ao todo, 19 pessoas participaram da formação, que aconteceu na “Escola da Ilha”, situada na base do projeto Quelônios do Tocantins na praia do Tucunaré.
“Durante a formação, os monitores locais das comunidades pesqueiras expuseram suas experiências e dificuldades sobre o andamento do monitoramento e discutimos sobre os processos de aprendizagem participativa que o auto-monitoramento da pesca proporciona a todos os envolvidos (pescadores-monitores-pesquisadores). Discutimos ainda sobre a importância de compreender a pesca como um sistema ecológico interligado ao saber do pescador artesanal e também realizamos adequações e adaptações necessárias na ficha de auto-monitoramento (material utilizado pelos pescadores para o registro de suas atividades) e planejamento das próximas etapas”, explica Cristiane.
O Propesca é um dos 19 projetos liderados pela Embrapa financiados pelo Fundo Amazônia. Cabe ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a operacionalização do chamado Projeto Integrado para a Produção e o Manejo Sustentável do Bioma Amazônia. Diversas Unidades da Embrapa com atuação na região Norte do país, foco do fundo, estão envolvidas nesses projetos. O pesquisador Adriano Prysthon, da Embrapa Pesca e Aquicultura, é o líder do Propesca. A Embrapa Roraima (Boa Vista-RR) é outra Unidade envolvida no projeto.
Clenio Araujo (6279/MG)
Embrapa Pesca e Aquicultura
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