Durante o XIX Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR), em Santos (SP), entre os dias 14 e 17 de abril, será exibido um vídeo sobre um dos sete subprojetos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) financiados pelo Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES.
O vídeo apresenta as diferentes pesquisas integradas ao projeto “Trajetórias de Padrões e Processos na Caracterização de Novas Dinâmicas do Desmatamento na Amazônia”, coordenado pela pesquisadora Isabel Escada, da área de Observação da Terra do INPE.
Confira aqui.
Um dos principais objetivos do projeto foi ampliar a compreensão dos processos e dinâmicas de uso da terra na Amazônia e propor novas tipologias para a classificação de imagens de satélite para a região. As pesquisas foram realizadas a partir de um extenso trabalho de campo no Pará, fazendo uso de diferentes tipos de imagens, técnicas de análise espacial, processamento de imagens e mineração de dados, e aplicativos desenvolvidos durante o projeto.
O PRODES e o DETER, levantamentos anual e mensal, respectivamente, do desmatamento da Amazônia Legal brasileira, que monitoram e auxiliam a fiscalização do corte da floresta, são aplicações bastante conhecidas das tecnologias de sensoriamento remoto e geoinformação, desenvolvidas pelo INPE. Em boa parte dos estudos e levantamentos realizados pelo Instituto é utilizada uma tipologia de padrões espaciais de paisagens associada ao desflorestamento e às diferentes atividades econômicas praticadas na região. Os elementos que formam essas paisagens apresentam diferentes composições, formas e arranjos espaciais, que se repetem e podem ser observados nas imagens de satélite.
Segundo Isabel Escada, “ao longo do tempo, surgem novos padrões nas imagens que precisam ser identificados e associados a novos processos”. Um dos principais objetivos do projeto foi classificar padrões espaciais de paisagens, relacionados a atividades e processos produtivos, antes invisíveis nos mapeamentos realizados. Um dos resultados esperados a partir da pesquisa é o estabelecimento de procedimentos para o mapeamento do uso e cobertura da terra no entorno de comunidades ribeirinhas e de terra firme onde predominam, por exemplo, atividades extrativistas e de agricultura de pequena escala.
A expectativa, segundo a coordenadora do projeto, “é dar maior visibilidade a essas formas de produção e permitir que essas atividades sejam inseridas e fortalecidas no planejamento e na formulação de políticas públicas relacionadas às cadeias produtivas locais.”
Fonte: INPE / Notícias – Vídeo mostra pesquisa sobre processos e atividades econômicas na Amazônia