O ministro de Minas e Energia, Beto Albuqueque confirmou nesta terça-feira (25) que terão início no segundo semestre de 2019 as obras do Linhão de Tucuruí, que vai interligar o estado de Roraima ao sistema elétrico brasileiro. A expectativa é que a obra seja concluída em 2021, disse o ministro, ao participar de audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o senador Marcos Rogério durante audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

“[Paralelamente a isso] vamos realizar em maio um leilão de energias renováveis para Roraima, que nós pretendemos que esteja concluído nos próximos dois anos, quase um ano antes do Linhão de Roraima ficar pronto”, acrescentou o ministro,ressaltando que as obras deverão estar finalizadas em dezembro de 2021.

Albuquerque informou que o leilão será de energia limpa, que tem custo mais barato que a energia das térmicas a óleo. “Todos os consumidores brasileiros terão que pagar, no final do ano, ou ao longo do ano, um custo de R$ 1,9 bilhão, porque estamos gerando 210 megawatts com a utilização de apenas térmicas a óleo diesel. São 80 caminhões de óleo diesel trafegando dirariamente em direção a Roraima para manter a segurança energética a esse custo.”

Sobre a possibilidade de remoção para Roraima das térmicas a óleo da Eletronorte, que estão desativadas em Macapá, o ministro disse que a medida está em estudo. “Acionamos os órgãos vinculados, e esses trabalhos [estudos] já estão sendo feitos junto à Eletronorte para levantarmos as condições das termoelétricas e todo o processo que seria removê-las de Macapá até Roraima, além da implementação disso para pesar o custo-benefício.”

Durante a audiência no Senado, Bento Albuquerque informou que existe um grupo de trabalho no ministério acompanhando a situação em Roraima para minimizar possíveis impactos no estado no que diz respeito à segurança energética.

Sobre a situação energética em Roraima, o ministro disse que já era uma prioridade do ministério, mas reconheceu que a situação se agravou no início deste mês, quando a Venezuela deixou de cumprir o contrato de fornecimento que tinha com uma empresa subsidiária da Eletronorte.

Por: Karine Melo
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Nádia Franco

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