De início chegaram os helicópteros, lançando produtos químicos. Depois vieram homens armados e de uniforme verde massacrando membros da tribo para abrir caminho para uma estrada na Amazônia.

Baré Bornaldo Waimiri, na época um adolescente da tribo Waimiri-Atroari na Amazônia profunda, disse que o dia desse ataque, muitos anos atrás, foi o último em que viu sua família com vida.

Já envelhecido, Bornaldo descreveu a terrível cena na semana passada durante uma audiência histórica que põe holofotes sobre a atuação do Exército brasileiro, que nega ter atacado a tribo.

O depoimento do indígena também reforça a constante tensão entre desenvolvimento e conservação no maior país da América Latina. A audiência aconteceu em um momento no qual o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro dá proeminência a militares em seu governo e promete acabar com novas demarcações de terra indígena na Amazônia.

“Perdi meu pai, minha mãe, minha irmã e meu irmão,” disse Bornaldo em um tom de voz baixo. Vestindo shorts com o símbolo do time do São Paulo, ele esfregava nervosamente suas sandálias no chão enquanto dois tradutores colocavam suas palavras em português.

FONTE: UOL

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SAIBA MAIS SOBRE OS WAIMIRI-ATROARI

https://www.ecoamazonia.org.br/2019/03/waimiri-atroari/

https://www.ecoamazonia.org.br/2017/12/verdades-mentiras-exercito-brasileiro-construcao-br-174-2/