O presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, entregou, nessa quarta-feira (27), a escritura da Reserva Krenyê, que fica no município de Tuntum, no Maranhão. Cerca de 10 famílias ocupavam a área, de oito mil hectares, há exatamente um ano.
Os Krenyê somam quase 300 indígenas, mas, desde que foram expulsos da Terra Indígena (TI) Rodeador, em 2004, muitos pediram abrigo em outras TI’s e grande parte estava ocupando a periferia da cidade de Barra do Corda. Agora, eles poderão reunir novamente todos os parentes.
“Esperávamos por isso há 15 anos. Muitos riram de nós, falaram que só veríamos o registro dessa terra daqui a 40 anos, quando já estaríamos mortos. Mas não desistimos de lutar e de acreditar que Deus nos daria essa terra”, comemorou o cacique Armandinho Krenyê.
A última homologação de Terra Indígena aconteceu em abril de 2018, na Baía dos Guató (MT). Antes disso, o governo do ex-presidente Michel Temer aprovou apenas um Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação (RCID), dos Pankará da Serra do Arapuá, em 2018; e assinou uma Portaria Declaratória, em 2017, da TI Tapeba (CE). Este ano, além da Reserva Indígena Krenyê, a Funai entregará mais duas reservas até o mês de março: em Santa Rita de Cássia, na Bahia; e em São Paulo, para os indígenas retirados do Pico do Jaraguá, em 2017.
“Neste momento, o Estado brasileiro garante o direito constitucional desse povo de ter o seu território, preservar sua língua, sua cultura e as suas crenças. O Estado fica muito feliz por garantir o espaço onde eles possam plantar e se desenvolver como quiserem. Em um passado recente, antes de ter a garantia de seu território, determinada comunidade tinha 400 indígenas e hoje, 30 anos depois, já tem mais de 2 mil”, ressaltou Franklimberg.
Priscilla Torres
Assessoria de Comunicação/Funai
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