O Ibama e a Polícia Federal (PF) apreenderam 18,6 toneladas de pescado, 56 metros cúbicos de madeira, 100 kg de carne de caça e 5,4 mil litros de gasolina na fronteira com a Colômbia e o Peru.
Realizada de 11 a 20 de fevereiro para combater a pesca ilegal, a Operação Catena teve como alvo frigoríficos, feiras e pontos estratégicos de distribuição em Tabatinga, Atalaia do Norte, Benjamim Constant, Amaturá e Santo Antônio do Içá, no oeste do Amazonas.
Das 18,6 toneladas de peixe apreendidas, 10 são de piracatinga, 4 de pirarucu e 4,6 de espécies protegidas pelo defeso (que vigora de 15 de novembro a 15 de março), como tambaqui, surubim, caparari, aruanã e matrinxã.
“A região da tríplice fronteira, usada como rota do tráfico internacional de animais silvestres e peixes, é prioritária para a fiscalização do Ibama”, diz chefe da Divisão Técnico-Ambiental no Amazonas, Hugo Loss, que coordenou a operação.
A captura do pirarucu é restrita às áreas de manejo. A pesca da piracatinga está proibida desde a publicação da Instrução Normativa Interministerial n° 6/2014 dos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Pesca e Aquicultura (MPA), que entrou em vigor em 2015 e tem como objetivo preservar espécies usadas como isca, a exemplo do boto e do jacaré.
Durante a investigação, foi constatado que a pesca da piracatinga ocorria em condições sanitárias preocupantes. A carne apodrecida de animais, usada como isca, era armazenada junto ao pescado, favorecendo a contaminação.
Em serrarias, além de identificar madeira ilegal, agentes ambientais verificaram o lançamento de resíduos diretamente no rio Javari, causando poluição que pode afetar a população que vive às margens do rio.
A equipe de fiscalização também descobriu esquema de comércio ilegal de combustível contrabandeado do Peru. Além de caracterizar crime ambiental, as condições de armazenamento colocavam em risco a população e os trabalhadores.
Na feira municipal de Tabatinga, infratores comercializavam carne e partes de animais silvestres. Os produtos foram apreendidos, os feirantes autuados e a prefeitura notificada pelo Ibama, que exigiu a adoção de medidas para evitar e punir os responsáveis pelo comércio ilegal.
Parte da mercadoria foi destinada a instituições sem fins lucrativos. A madeira foi encaminhada à Defesa Civil dos municípios do Alto Solimões para realização de obras no período de cheia dos rios. A gasolina foi doada à PF, que ofereceu apoio à operação com uma embarcação e as instalações da base anzol, em Tabatinga.
Assessoria de Comunicação do Ibama
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