Iniciativa do Programa Povos Indígenas fomenta a produção sustentável e otimiza espaço de cultivo em parceria com associações indígenas.
Durante os dias 10 a 19 de dezembro de 2018 foram realizados mutirões de implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) nas Terras Indígenas (Tis) Nove de Janeiro e Ipixuna, Terras pertencentes ao Povo Parintintin. A atividade é uma ação do Projeto SulAm Indígena, que integra o Programa Povos Indígenas (PPI), executado pelo IEB e associações indígenas do Madeira com apoio do Fundo Amazônia/BNDES.
A execução desses mutirões nas TIs são atividades dos módulos do Curso de Formação Continuada dos Agentes Ambientais Indígenas Kagwahiwa e contou com a participação de agentes ambientais e das comunidades.
Os SAFs consistem no cultivo simultâneo de espécies lenhosas e agrícolas em um mesmo espaço geográfico para obter maior oferta de produtos, além de garantir segurança alimentar das famílias e otimizar o espaço usado pelos indígenas para cultivo, permitindo uma produção sustentável.
Nesta atividade foi implantado um SAF com espécies florestais e frutíferas nativas, nas aldeias Traíra (TI Nove de Janeiro) durante os dias 10 a 14 de dezembro de 2018. Já na aldeia Canavial (TI Ipixuna) foi implantada uma área consorciada de espécies florestais e frutíferas com cultivo de mandioca durante os dias 15 a 19 de dezembro de 2018.
As espécies utilizadas foram a castanha-da-amazônia, Ingá edulis, cacau nativo, cupuaçu, açaí nativo, urucum e espécies locais como a pupunha, patauá e bacaba, consorciadas com plantio de espécies de ciclo curto como mandioca, banana e abacaxi.
As espécies Ingá edulis e urucum foram escolhidas para adubação verde, pois fornecem grande quantidade de biomassa verde, servindo como matéria orgânica para área. Além disso, a Ingá edulis é uma entre as espécies leguminosas que possibilitam a fixação de nitrogênio.
Nos dias 20 a 22 de dezembro de 2018, na aldeia Paraná Pukahu (TI Jiahui) está sendo realizado outro mutirão para implantação de SAF, com a participação de dez agentes ambientais Jiahui e das comunidades Ju’i, Kwaiari e Parana Pukahu, povo Jiahui.
FONTE: IEB – Instituto Internacional de Educação do Brasil
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