Na noite de ontem (13), a Rede Globo exibiu uma matéria com imagens exclusivas sobre povos indígenas isolados e o trabalho da Funai com essas populações.

Dona Rita e Jair Candor concedem entrevista à Rede Globo. Foto: Acervo Funai

A equipe da emissora acompanhou uma expedição junto aos servidores da Frente de Proteção Etnoambiental Madeirinha-Juruena, no Mato Grosso, sob liderança do coordenador Jair Candor, um dos quadros mais experientes e respeitados da Funai. A incursão se deu em meados de dezembro, na terra indígena Piripkura, local em que atualmente são identificados três remanescentes desse povo.

Uma dessas remanescentes, Dona Rita, mora na base de proteção etnoambiental, junto ao seu marido, Seu Aripã, do povo Karipuna. Ela falou sobre seus parentes, que vivem em isolamento na floresta. “Eu fico feliz em saber que eles estão por perto. Eles gostam do mato, né?”, afirmou. Seu Jair, por sua vez, enalteceu a necessidade e importância da realização desse trabalho. “A prioridade é respeitar esse povo e deixar eles viverem. Se eles não querem chegar a nós, querem viver no lugar deles, eu acho que a nossa missão é respeitar o espaço do outro”, disse o coordenador.

Dona Rita é uma das três indígenas Piripkura localizadas pela Funai. Foto: Acervo Funai

O repórter Rogério Coutinho falou sobre sua experiência e suas percepções após a realização desse trabalho. “Fazer essa reportagem me deu a sensação de que eu estou cumprindo o papel do jornalista, de dar voz a pessoas que não têm ideia dos direitos que possuem, nesse caso, índios isolados. Perceber que existem essas populações vivendo no Brasil me faz pensar no tamanho da nossa diversidade e no tamanho da importância do trabalho da Funai, no intuito de proteger esses povos de pessoas mal-intencionadas. Eu torço para que essa missão continue e que haja cada vez mais investimento nesse trabalho”, afirmou o jornalista.

 

O presidente da Funai, Wallace Bastos, detalhou o gatilho para a implantação de trabalhos dessa natureza. “Esse trabalho começa a partir de algum registro, algum relato que a gente receba da presença de indígenas em determinada área. A partir disso, a gente coloca um grupo em campo para investigar esse indício. Nossa principal preocupação quando confirmado o registro, é fazer a proteção territorial e traçar a melhor estratégia de contato ou eventual não contato dessa comunidade”, afirmou o Presidente.

Base de Proteção Etnoambiental Piripkura recebeu equipe de reportagem da Globo. Foto: Acervo Funai

O coordenador-geral de povos isolados e de recente contato da Funai, Bruno Pereira, esclareceu os motivos acerca da necessidade de deixar as imagens relacionadas a esses povos em sigilo. “Em algumas regiões a gente não tem um sistema de proteção para esses indígenas. Então divulgar essas localizações pode incorrer numa corrida para a exploração da terra deles”.

 

A matéria completa pode ser assistida em:

 

https://globoplay.globo.com/v/7296724/

 

Vagner Campos

Assessoria de Comunicação/Funai

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