Com abordagem multidisciplinar, livro resgata lendas e registros de naturalistas para revelar aspectos pouco conhecidos da Amazônia.

A despeito de a primeira expedição “científica” à maior floresta tropical do mundo ter sido registrada no século XVIII, a Amazônia segue cercada de mistérios.

Não poderia ser diferente se considerarmos, por exemplo, sua dimensão. São cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados cobrindo territórios localizados em nove países.

Com 60% da floresta em áreas brasileiras, o bioma está presente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Embora a ciência ainda não consiga descrever ou explicar boa parte do que lá existe, não é pouco o conhecimento acumulado sobre a floresta, como atesta o acervo da biblioteca do Museu Paraense Emílio Goeldi.

Foi lá que a biblioteconomista Olímpia Reis Resque garimpou as preciosidades que compõem Amazônia exótica: Curiosidades da floresta (Empíreo), que permitem conhecer um pouco melhor a região, considerada desde 2000 Patrimônio Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Araponga | Junção dos termos ará + ponga = pássaro sonante. Presente no Pará e no Amazonas, a ave conhecida por vocalização semelhante a um sino, e por isso mesmo denominada ferrador e ferreiro, existe também nas Guianas e na Venezuela. O macho (à direita, na imagem) é completamente branco. Sobre o pássaro, escreveu o naturalista Emílio Goeldi (1859-1917), em 1894: “Também ali entoa a Araponga sua cantilena de ferreiro, que se representa qual martelo manejado violentamente muitas vezes sem conta, mas com intensidade decrescente, repelido e atraído pela bigorna”
Reproduções do livro Amazônia exótica: curiosidades da floresta

Leia na íntegra: Revista Pesquisa Fapesp